Iniciativa, capacidade de se antecipar aos fatos, cálculo de riscos, visão inovadora, busca de informações e preocupação com qualidade, eficiência, eficácia e efetividade, são algumas das características centrais que compõem o perfil de um empreendedor. Um profissional que não tem medo de ousar, sabe onde quer chegar, o problema que deseja solucionar e qual será o seu diferencial frente aos concorrentes. Mas existem várias vertentes, tipos e fases de empreendedor.
Para a Revista Exame e o Portal Capital Social: Contabilidade e Gestão, o empreendedor individual é aquele que está no início, mas tem algum objetivo de crescimento. Este geralmente se acomoda com os rendimentos que já obtém e não é de correr muitos riscos para ousar. Já o empreendedor informal geralmente tem como foco central a sobrevivência a curto prazo. Temos também os que são definidos como empreendedores cooperados. Estes estão mais ligados às áreas cultural e artesanal. Precisam muito do trabalho em equipe e geralmente possuem poucos recursos.
Encontramos ainda o perfil definido como empreendedor corporativo. Nestecaso, o indivíduo atua dentro da estrutura organizacional como colaborador, mas tende a inovar nos processos organizacionais e subir na carreira. Temos também duas outras linhas de empreendedores diretamente ligados: o franqueado e o franqueador. O primeiro precisa ter características como planejamento e disciplina para seguir o padrão da franquia e, apesar de aderir conhecimentos e processos já prontos, geralmente possui foco e dedicação ao seu empreendimento para fazê-lo funcionar. Já o franqueador é aquele que constrói uma rede com a sua marca comercial e oferece essa marca para que os franqueados possam utilizá-la em seus negócios, seguindo o modelo da matriz.
Encontramos também aqueles que tem como alvo que o seu empreendimento agregue valor a outras pessoas também. São estes o empreendedor social e o empreendedor público. No primeiro caso, as ações são pautadas em busca de resoluções de problemas sociais de responsabilidade direta da administração pública, mas que não são executados ou são feitos de forma insuficiente. Nesta situação, a questão do lucro está aliada à execução de atividades filantrópicas e significativas para o bem-estar coletivo. Já o segundo (empreendedor público) é análogo ao empreendedor corporativo, mas com a diferença de ser no âmbito do serviço público. Este servidor-empreendedor enfrenta desafios, mas deseja que os recursos públicos sejam melhor utilizados e que os serviços básicos sejam mais eficientes e modernos.
Tem ainda a categoria do chamado empreendedor do conhecimento, que é aquele que sabe utilizar um profundo domínio de causa ou desempenho que possui em determinada área para obter lucro, como por exemplo, grandes escritores, artistas e esportistas de alto rendimento. E por último, temos o empreendedor do negócio próprio, que é aquele que tem o empreendedorismo como estilo de vida e não consegue se imaginar trabalhando em outra área, como por exemplo, sendo empregado de determinado local. Ele é visionário e visa construir uma trajetória na arte de empreender.
Em suma, é fato que existem diversos tipos de empreendedores, com suas distintas características, motivações e expectativas, mostrando claramente que empreender não se resume a montar o próprio negócio. É possível ser um empreendedor mesmo sem ser um empresário. Mas uma coisa é certa e deve nortear todos aqueles que tem veia empreendedora, independente do segmento: é muito importante haver a compreensão e aplicação dos fundamentos de gestão e o desenvolvimento de habilidades como – visão holística, conhecimento da realidade que se vai atuar, dos problemas existentes a se debelar, além de um eficaz planejamento para a execução de ações efetivas, em busca de caminhos inéditos e viáveis para resolvê-los.