Ecoteologia em profusão X indigência espiritual

Em: 13 de fevereiro de 2025

“Então disse Deus: ‘Façamos o homem à nossa imagem, con¬for¬me a nossa semelhança. Domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os grandes animais de toda a terra e sobre todos os pequenos animais ¬que se movem rente ao chão’”.(Gn 1, 26-28)
O ideal de vida e a obra de São Francisco de Assis vêm sendo sequestradas e manipuladas há anos pelos que defendem uma agenda xiita de “defesa” do meio ambiente e de uma ecologia soberana.
Nessa mesma esteira, a congregação religiosa dos Frades Franciscanos, mais conhecidos como Capuchinhos, embarcou nessa canoa furada e anda singrando pelos igarapés da Amazônia pregando o que o santo homem de Deus nunca pregou.
São Francisco de Assis, que agiu por inspiração Divina, que renunciou à riqueza e brigou com a família para servir a Deus, deve estar deveras triste ao ver que, quase 900 anos depois, alguns dos seus próprios discípulos violentam seu legado.
Pois é exatamente isso que os frades Franciscanos de Manaus estão pregando e fazendo sob o olhar omisso e até mesmo com a contribuição da Arquidiocese de Manaus. Misericórdia!
Quem, no mês que passou, acompanhou ou participou da programação dos festejos do padroeiro da natureza, se escandalizou com o que viu e ouviu.
Desafortunadamente o que vimos foram o abuso litúrgico e a doutrinação ecológica se sobrepondo à catequese e aos santos ensinamentos de humildade, amor a Deus e aos sacramentos que São Francisco de Assis tanto viveu e propagou.
Os freis capuchinhos novinhos e de formação totalmente alinhada à teologia da libertação, abusaram dos temas doutrinadores por meio de uma “catequese” ecoteológica e esqueceram completamente de ensinar as coisas do alto. Frei Fulgêncio faz enorme falta!
Foram fundo demais no tema da pobreza e deixaram na indigência sacramental a comunidade e os fiéis devotos do santo.
Cartazes, posts, banners, cards, avisos e convites sobre a semana do santo da natureza, todos muito ricos e bem elaborados porém, de uma pobreza franciscana em termos de doutrina sobre a fé e sobre a espiritualidade que leva verdadeiramente à salvação.
Disse Jesus um dia que “pobres sempre os tereis” porém, não pobres das coisas do Pai ou pobres de ensinamentos da Palavra que liberta e salva.
Para completar esse caldo indigesto de ecofundamentalismo, a Arquidiocese de Manaus, lança mais um número da sua revista mensal cuja capa e textos, exaltam essa agenda de duvidoso sentido e de efeito prático danoso sobre a formação catequética do povo de Deus. Misericórdia!
É uma tal de “conversão ecológica”, “casa comum”, “ecologia integral” “mamãe terra”, entre outros termos, que mais dizem respeito a uma teologia preocupada com a matéria do que com a salvação das almas. Deus tá vendo!
Essa opção exagerada por uma agenda ecoteológica carreia um enorme contrassenso posto que coloca a natureza e a criação acima do homem, este que Deus determinou que as dominasse.
Protegem os lagos, os rios as matas e não permitem que o homem tire seu sustento fadando-o a morrer de fome.
Não deixam o progresso chegar com a energia hidroelétrica castigando o homem à escuridão e ao subdesenvolvimento.
Bradam contra a construção ou reforma de estadas o que impede o ir e vir de pessoas ou o transporte de mercadorias, travando o comércio e a indústria.
Se opõem a extração das riquezas do solo, do ar e do mar, condenando o ser humano, criatura soberana de Deus, a viver como no tempo das cavernas. Oremos!
O verdadeiro sentido da obra e dos ensinamentos de S. Francisco de Assis, são simplesmente de exaltação à criação e às criaturas de Deus e não uma ode à ecologia, pondo esta acima do plano da salvação.
Como disse um dia D. Henrique Soares, tem certas coisas na Igreja Católica que vão perdurar por um tempo e, apenas gerações de fiéis mais conscientes e sacerdotes piedosos, haverão de mudar essa cruel realidade.
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Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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