Com recursos externos não reembolsáveis estimados em 3,5 bilhões de Euros, a título de investimento ambiental, vários outros benefícios justificam construir um elevado como solução definitiva para o Trecho do Meio de 405 Km que ainda depende de licença do IBAMA para avançar, ao invés de refazer a estrada diretamente no solo como está previsto há 30 anos.
A solução elimina:
1- a contestação ambientalista inclusive internacional de que haverá perda de floresta, encerrando todos os argumentos contrários à liberação da estrada;
2- o obstáculo do acordo comercial com a Europa para os produtos agrícolas no que tange à área de influência da rodovia, facilitando a negociação;
3- o desmatamento que deverá ocorrer se a estrada estiver no solo;
4- o efeito Espinha de Peixe nos ramais que deverão ser abertos caso a estrada seja no solo;
5- o risco de atropelamento de fauna;
6- as invasões e grilagem de terras;
7- o risco de desvio de carga pelos incontáveis acessos que a estrada normal permitirá se em solo;
8- o risco de incêndios nas bordas da estrada que não mais existirão;
9- a contaminação dos cursos d’água;
10- os custos de obras diversas de mitigação previstas na licença, caso não haja o elevado;
11- a necessidade de construção das mais de 170 passagens de fauna previstas pelo relatório de junho último do DNIT, que têm sido objeto de contestação, e que seriam canceladas com o elevado;
12- a instalação de 810 Km de cercas laterais também previstas no relatório do DNIT, igualmente contestadas, e ainda sem especificações que permitam análise do IBAMA, e que atrasaria ainda mais a avaliação;
13- os efeitos por enchentes na base do corpo estradal;
14- os principais valores dos custos da manutenção de estruturas de controle e monitoramento físico por instituições federais, estaduais e municipais de gestão, como portais e outros mecanismos, todos dispensáveis e substituídos por monitoramento eletrônico e fiscalizações na entrada e saída do elevado;
15- cerca de 30 das 90 exigências da licença ambiental 622/2022, permitindo sua simplificação e conclusão em menor tempo.
Permitirá ainda:
a- colocar o Brasil em posição privilegiada e de destaque internacional em estratégia para a Amazônia;
b- que as obras comecem muito mais cedo do que se prevê ao invés de aguardar pela tramitação atual;
c- oferecer excelente e inédito apelo turístico como o maior elevado do mundo dentro da maior floresta tropical do mundo;
d- acessos controlados à floresta em pontos projetados para fins de pesquisa;
e- viabilizar instalação de cabeamento para trafego de dados, rede elétrica, água e outros;
f- acesso permanente para vigilância e monitoramento de trafego e da floresta;
g- a instalação de mirantes para fins turísticos e de cunho científico.
Pré-projeto já foi encaminhado ao DNIT Amazonas.
A visão de JK talvez possa inspirar e instigar uma liderança que resolva ousar como Brasília foi ousada!
O país que construiu Brasília está pronto para construir o Elevado BR-319, a solução definitiva para o Amazonas e para o Brasil.
(*) Amazonólogo, MSc em Sociedade e Cultura da Amazônia – UFAM, Economista, Contabilista, Professor de Pós-Graduação e Consultor de empresas especializado em ZFM.