23 de novembro de 2024

Enrolação com o ZEE do Amazonas continua. Até quando?

É inaceitável a continuidade do descaso que a Sema (Secretaria do Meio Ambiente) e a Sedecti (Desenvolvimento Econômico) estão dedicando a ordem do governador de fazer o ZEE (Zoneamento Econômico Ecológico) do Amazonas. Ordem expressa e clara do governador Wilson Lima durante o lançamento do Plano Safra 23/24 no Centro de Convenções Vasco Vasquez. O Plano Safra só alcança voos mais altos, só evolui como queremos, com essa ferramenta aprovada na Assembleia Legislativa e sancionada pelo Executivo. Exatamente como aconteceu recentemente em Roraima com ajuda de doutores da Ufam, e que, por não termos segurança, nossos empreendedores estão se mudando para o Agro em Estados vizinhos.

A reunião da semana passada mostrou o tamanho do descaso da Sema e Sedecti com um tema que vai desenvolver o interior e que já foi feito por RR, AC e tantos outros Estados, menos o Amazonas. Uma ferramenta que é econômica e ecológica.

Enquanto a FAS (Fundação Amazonas/Amazônia Sustentável) recebe R$ 78 milhões do banco alemão com apoio do Estado, a nota da Sedecti diz que estão correndo atrás de fundos para bancar o ZEE. Isso é brincadeira! O primeiro passo no AMAZONAS preservado é fazer o ZEE, que é ECOLÓGICO E ECONÔMICO.

Mais uma vez, o titular da Sema não comparece ao encontro sobre o ZEE (deve ter suas justificativas), assim como nem o titular da Sedecti (soube que estava doente). 

Observei que a nota da assessoria de imprensa da Sedecti nem citou a presença da Sema como participante da reunião, mas soube que teve representante, mas não foi o titular da Sema (deve ter justificativa, embora o assunto seja uma política ambiental já enrolada há 20 anos).

Eu já sabia dessa reunião faz uns 10 dias. Será que a Sema não sabia?

Tive acesso a um documento que fala em CONFIABILIDADE de dados do ZEE sob total controle da Sema. Até concordo, mas espero mesmo que fique somente na Sema, embora atos públicos devam ser públicos. Pergunto: Qual é o país que não sabe o que já temos em nosso território? Qual a ONG não sabe o que já temos em nosso território? Todos já sabem, caso contrário, não estariam nos travando e levando 60% do nosso povo para um santuário de miséria que o Papa Francisco deveria ter conhecimento.

Já chega de enrolação! Sem essa ferramenta econômica e ecológica nenhum outro projeto deveria ser feito, todo e qualquer recurso deveria ir para o ZEE, jamais para o FUNDO FLORESTA e BIOECONOMIA de mentira.

Esse encontro na Sedecti mostrou, mais uma vez, o descaso com o ZEE.

Espero que os parlamentares federais e estaduais pautem esse assunto de extrema importância para vida econômica e ecológica do Estado mais preservado do mundo. Digitem no GOOGLE para saber o que é ZEE.

Outro absurdo! Novamente lembro que dois doutores da Ufam ajudaram no ZEE de Roraima. Estou falando do Dr. Sérgio Gonçalves e Dr. Alexandre Rivas, e sequer lembram de convidar esses doutores da Ufam para debater o assunto. É demais!

Lembro, também, que pessoalmente estive na Sema nos três primeiros meses do primeiro mandato do governador Wilson Lima priorizando essa pauta. Nada até hoje! Fui ignorado, mesmo sendo uma promessa de campanha.

Podem rir, podem ficar achando graça, podem ficar ignorando, e outros comentários, mas não vou desistir de fazer minha parte quanto ao ZEE. Não aceito receber novos milhões e não fazer o ZEE. O que custava R$ 11 milhões para fazer, agora está em R$ 45 milhões. Assim, é brincar com a saúde, educação, segurança e renda da família da canoa que está no interior do Estado. Até quando?

25.07.2023Thomaz Antônio Perez da Silva Meirelles, servidor público federal aposentado, administrador, especialização na gestão da informação ao agronegócio. E-mail: [email protected]

Thomaz Meirelles

Servidor público federal aposentado, administrador, especialização na gestão da informação ao agronegócio. E-mail: [email protected]

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