Nilson Pimentel (*)
Think about development regional is, before any thing, think about participation of the local society in continuous planning of occupation of space and distribution of the fruits of growth process.
Quando os governos assumem, já foi decidido através do voto do povo, que forma e tipo de Estado terão nos próximos anos e, não adianta mais arrependimento, pois voto ideológico não se frustra, somente resta lamentar. No entanto, no decorrer do governo eleito, a economia atua de forma implacável e, quem sofre os impactos da governança ideológica será sempre o povo. Portanto, pensem, raciocinem com o futuro, pois será lá que todos viverão. Lute por aquilo que você acredita e não desista de seu país! !! Voltando ao tema central do texto, como se sabe, o único projeto de Desenvolvimento Econômico Regional do Amazonas, a ZFM (Zona Franca de Manaus) com seu PIM (Polo Industrial) passa por mais um entrave jurídico o que lhes pode causar perdas consideráveis, demonstrando mais uma vez que o Amazonas tem os ovos de ouro em única cesta há mais de 55 anos, e o modelo é vulnerável juridicamente há tempos. Visto assim, os economistas pesquisadores do CEA (Clube de Economia da Amazônia) afirmam que o Amazonas necessita espessar as oportunidades de negócios e projetos em sua Economia, aproveitando as dádivas desse imenso bioma. Sem embargo de outras abordagens, os pesquisadores do CEA entendem que nesse caso, onde os municípios amazonenses têm suas economias estagnadas e abandonados entregues aos seus próprios destinos, pobreza e fome, com rara exceção, onde se constata largas desigualdades de renda, deficiência crônica de estrutura produtiva e qualificação, capacitação da força de trabalho em escala macrorregional, a governança central do governo estadual carrega papel primordial no desenvolvimento regional com adoção do PEE (Planejamento Econômico Estratégico) mobilizador das forças regional local apoiado por Instituições de âmbito regional, como Embrapa-AM, Ufam, UEA, Ifam, Sepror e sua rede institucional, e prefeituras municipais de forma que revertam situações críticas regionais, transformando em paradigma desde baixo, para desenvolvimento e aproveitamento produtivo na racionalidade econômica das potencialidades naturais e das habilidades humanas das comunidades regionais locais. O próximo governante estadual deve construir um PEE, observando estratégias de mobilização total de recursos, de formas apropriadas de organização e mobilização social e econômica regional, com organização espacial territorial, com objetivos sociais e econômicos bem delimitados que resgatem o sentimento endógeno daquelas sociedades envolvidas. Os profissionais do CEA não descartam que governos do Amazonas passados não deixaram de tentar alguns programas e projetos voltados ao desenvolvimento regional, contudo, não lograram êxito em nenhuma dessas tentativas, por alguns aspectos políticos ou de inadequações técnicas. Por outro lado, as questões da Zona Franca embotaram todas as gestões executivas nessas últimas décadas no Amazonas, relegando o desenvolvimento estadual a segundo plano, por acomodação dos resultados positivos do ZFM/PIM, na receita estadual. Sem mais perda de tempo, o próximo executivo deverá criar alternativas que possibilite a implementação de políticas públicas à adoção de outros pilares setoriais de desenvolvimento econômico para o Amazonas, que enfatiza a importância da participação da sociedade civil e da articulação de atores sociais para as ações que objetivem a promoção do desenvolvimento regional.
Especificamente ou não necessariamente se trata de outras matrizes econômicas, mas de desenvolver pilares setoriais em sub-regiões que abranjam municípios com economias estagnadas, mas que apresentem diversos potenciais econômicos naturais ou induzidos, a ser aproveitado na racionalidade econômica de produção, como o pescado, a fruticultura, o cultivo da mandioca e macaxeira (e suas cadeias produtivas), o turismo de pesca esportiva e rural (etnocultural) e, porque não dizer, o polo mineral e o de energia solar. Conforme o pessoal do CEA, o Amazonas necessita tratar como emergência o paradigma do desenvolvimento endógeno, levando-se em consideração à valorização do território e dos atores locais, transformando o desenvolvimento regional/local como relevante programa de governo, contribuindo para espraiar a interiorização do desenvolvimento econômico, assim como, a difusão de políticas públicas e estratégias governamentais voltadas à promoção do desenvolvimento, nas escalas regional e municipal. O futuro governante estadual se quiser trilhar caminhos do desenvolvimento regional municipal, deverá observar que sem estratégias e planejamento é inviável conseguir objetivos ou terminar e implementar programa ou projeto complexo que envolva etapas técnicas detalhadas, embora seja passível de ajustes frente à complexidade da realidade e da emergência de novas estruturas que levem às revoluções tecnocientíficas inovativas que identificam rupturas paradigmáticas com o status quo vigente, inclusive nos campos das ideias e valores, no que tange às questões do Desenvolvimento Econômico Regional do Amazonas.
(*) Economista, Engenheiro, Administrador, Mestre em Economia, Doutor em Economia, Pesquisador, Consultor Empresarial e Professor Universitário: [email protected]