Engana-se quem pensa que quem tem poder de compra não deve se preocupar com a soberania alimentar do estado onde vive. Em tempos de crise, a primeira ação que o “inimigo” corta é alimento por razões óbvias. O dado divulgado esta semana reforça o quanto ainda estamos distantes da soberania e da segurança alimentar para o nosso povo. Isso agrava a pobreza e a crise social. Não por acaso, já vemos filas de pessoas no centro de Manaus em busca de doações de alimentos. Já postei esse vídeo no blog Thomaz Rural.
Agora, reflita:
• Faz sentido a produção de grãos do continental Amazonas corresponder a apenas 0,4% da produção de grãos da Região Norte?
• Faz sentido Roraima produzir seis vezes mais?
• Faz sentido Rondônia produzir 55 vezes mais que o Amazonas?
• Faz sentido perdermos até para o pequeno Acre, que tem pequena dimensão geográfica?
• Faz sentido o Pará produzir 69 vezes mais?
• Faz sentido nossa produção de grãos representar apenas 0,03% do total nacional?
Há várias razões para esse cenário, mas as principais são:
1. O Amazonas ocupa o último lugar no acesso ao crédito no Brasil;
2. Não temos o ZEE – Zoneamento Econômico Ecológico implementado. Ele é aprovado pela Assembleia e sancionado pelo Governador. Recentemente, Roraima e Amapá concluíram com sanção governamental;
3. ONGs financiadas por interesses estrangeiros, com apoio nacional e local, travam as atividades econômicas e isolam o estado. Ela nem falam em ZEE;
4. A regularização fundiária e o licenciamento ambiental ficam apenas no discurso.
Isso é grave!
Os números citados não foram inventados — estão disponíveis nos sites oficiais da CONAB e do IBGE.
22.04.2025
Thomaz Meirelles, administrador, servidor público federal, especialista na gestão da informação ao agronegócio. E-mail: [email protected] ou [email protected]