Pesquisar
Close this search box.

Ficamos em 25° lugar no acesso aos R$ 42 bilhões do Pronaf em 2022 por falta de ZEE, mas só falam em Fundo Amazônia

Se não descermos do palanque e entendermos que o modelo econômico do PIM/ZFM nunca vai interiorizar o desenvolvimento jamais conseguiremos diminuir o crescente aumento da pobreza no Estado que preserva a saúde do planeta e consequentemente das pessoas que habitam a terra. Nosso partido tem que ser o Amazonas, os 58% que estão na pobreza. Já votei em todos os candidatos a presidente, mas sem o ZEE, sem agilidade no licenciamento ambiental do pequeno ao grande produtor e sem a devida regularização fundiária não estamos acessando os bilhões de recursos do Pronaf. Quem tiver dúvida da importância do ZEE peço que perguntem de dois doutores da Ufam que ajudaram na construção do ZEE de Roraima. No meu blog tem o nome deles. Falta fazer o dever de casa que a área ambiental não quer fazer desde 1999.

Essa situação é a mesma desde 1999, e o motivo é simples, a área ambiental do Amazonas não quer o ZEE, nem agilidade no licenciamento ambiental por aqui.

Uma pessoa disse que às vezes sou irônico, mas, será que é ser irônico mostrar que foram aplicados R$ 42 bilhões de Pronaf no Brasil só em 2022, e aqui no Amazonas apenas 0,08% desse valor?

Será que é ser irônico mostrar que dos R$ 42 milhões da PGPMBio que estão disponíveis para o extrativista amazonense, e dos R$ 8 milhões aplicados este ano só 68 extrativistas foram beneficiados? Isso equivale a 1,38%, é ser irônico?

Será que é ser irônico mostrar os R$ 42 bilhões do Pronaf, mais os R$ 42 milhões da PGPMBio, que temos disponíveis ao Amazonas e sequer entram em pauta nos em grandes encontros que falam em investimentos e novos negócios? Estou mostrando que recursos sempre existiram, mas só querem e só falam no Fundo Amazônia. Qual a razão? Isso é ser irônico ou verdadeiro?

Esses dados não são meus, são do Banco Central que regularmente mostro neste meu espaço no JC e no meu site Thomaz Rural. Ficamos em 25° lugar com acesso de apenas 0,08%.

Será que é ser irônico dizer que nosso acesso é baixo por falta do ZEE, licenciamento ambiental e regularização fundiária, assuntos que são ignorados em grandes eventos?

Será que é ser irônico dizer que temos 97% da floresta preservada, e um Bolsa Floresta (miséria) de R$ 50 por longos 15 anos?

Se for, vou continuar sendo irônico, pois não aceito o Estado mais importante para a saúde do planeta ter 58% das pessoas na pobreza. Esse povo não merece mais enrolação da área ambiental, merece o ZEE e acesso ao crédito rural do Pronaf. A Embrapa já tem tecnologias de sobra para conciliar produção com sustentabilidade.

Será que é ser irônico afirmar que o Pará acessou 37 vezes mais do que o Amazonas o crédito rural do Pronaf. Lá o desmatamento nem se compara com os nossos 97% preservados. O Pará acessou um bilhão do crédito rural do Pronaf, e aqui só 37 milhões.

Será que isso é discutido nos eventos promovidos que tem foco nos povos e comunidades tradicionais. Se pedir que sejam pautados é ser irônico eu continuarei a ser. 

Como já disse, essa situação é a mesma desde 1999. Quem recebe salário todo mês pode esperar, mas os 58% não! É neles que penso, não quero voto, nem tenho excessiva paixão partidária que atrapalha enxergar e mudar a realidade dos amazonenses.

07.12.2022Thomaz Antonio Perez da Silva Meirelles, servidor público federal aposentado, administrador, especialização na gestão da informação ao agronegócio. E-mail: [email protected]

Compartilhe:​

Qual sua opinião? Deixe seu comentário

Notícias Recentes

No data was found
Pesquisar