No mês passado, recebi uma importante ligação telefônica que me animou profundamente. Era o Sócrates Bonfim, filho do meu querido e saudoso Aluizio e da dona Selma, convidando-me para participar do lançamento do livro “o último romântico”. Fiquei ainda mais feliz quando o Sócrates me disse que EU era uma das primeiras pessoas a ser convidado.
Com tanta gentileza, agendei com o maior carinho o dia de hoje, 08 de agosto de 2022.
De fato, eu e Aluizio, fomos grandes amigos, passamos importantes momentos juntos, e por isso quero ratificar que essa homenagem e o título do livro tem tudo a ver com o jeito de ser desse amazonense de Beruri que só fez bem ao mundo….
Vou ser breve, mas como fiel e talvez o mais antigo amigo do Aluizio, não poderia deixar de registrar alguns momentos do nosso saudoso e inesquecível homenagedo.
Tenho muito orgulho da nossa amizade que só cresceu ao longo de mais de 50 anos de convivência.
Sinto a presença do Aluizio neste momento, feliz por estarmos reunidos, e principalmente pelas presenças da sua esposa, Dra. Selma, do filho Sócrates, netos, nora, irmãs e amigos.
Se chorar, sei que vocês entenderão. É o coração já com estende e a emoção de um amigo que partiu e deixou um imenso vazio.
Esse título do livro “o último romântico” explicita bem quem foi Aluizio. Um gentleman, enorme sensibilidade, um ser humano como poucos.
Inúmeras foram as visitas que fiz ao seu gabinete em nosso centenário Jornal do Commercio, onde o desenvolvimento do Amazonas sempre esteve como foco principal, em especial do interior do estado, e lembrar de nossos amigos.
Isso tudo tinha um motivo, a NOSSA ORIGEM humilde, com banhos em nossos rios, águas tratadas com pedra UME, não tínhamos filtros. Fogão, só à lenha.
Nossas conversas sempre terminavam em busca de dias melhores ao homem do interior do Amazonas.
No meu livro PINGO nos IS onde conto parte da minha história, tive o privilégio de ter o amigo Aluizio fazendo o prefácio.
Vivemos momentos juntos no colégio SÃO FRANCISCO, no internato, dividindo a mesma carteira e recebendo os conselhos dos professores Fueth Paulo Mourão e sua digníssima esposa Professora Leonor Mourão. Lembro bem, como se fosse hoje, que ao acordar tínhamos o banho no pátio do colégio, de mangueira e água gelada da dona Rosita. Inesquecível, em toda nossa conversa no JC, essa história era lembrada.
Esse jeito amável de ser do Aluizio teve como origem todo carinho recebido de seus pais, seu Alvaro e dona Dalila.
Por fim, outro fato que sempre admirei no amigo Aluizio era seu amor pela dona Selma Bonfim. Então, fui buscar na frase do padre Leonardo Boff uma boa definição para esse relacionamento.
“A mulher não foi tirada dos pés do homem para ser sua escrava, nem sua cabeça para ser sua senhora. Ela foi tirada do fundo do coração para ser sua eterna companheira…”. De fato, dona Selma foi e sempre será sua eterna companheira.
Já finalizando mesmo, é só conversar e olhar para o Sócrates, seu filho, e ver o quanto de Aluizio ele carrega em sua personalidade.
Isso reflete a família que tem, e o dever cumprido do meu eterno amigo Aluizio.
Em breve estaremos juntos novamente.
Feliz por estar aqui, feliz pelo convite, feliz por ser amigo de um ser humano inigualável em caráter e bondade.
Obrigado pelo convite e atenção de todos!