23 de novembro de 2024

Inventam tanta coisa, mas nada farão com esses novos R$ 50 milhões. Estou avisando!

O motivo é simples, é direto na conta do extrativista, sem intermediário, sem termo de cooperação técnica, sem convênio, sem aporte de recurso. Entenderam? No final deste artigo vou dizer qual a origem desses novos R$ 50 milhões, mas é justamente nessa política que já existe desde 2009 que as ONGs não fazem nada para ajudar os povos e comunidades tradicionais para terem uma renda mais justa. Já disse acima as razões, não vou repetir. Queria que a FAS (que já foi Amazonas e agora é Amazônia) com os milhões recebidos me dissesse quantas famílias ajudou a incluir nessa política desde 2009. Eu mesmo, pessoalmente, fui várias vezes a eventos de lideranças da FAS (aqueles encontros) explicando como funcionava, como poderiam acessar. Quero saber quantos incluíram? OPAN fez, a FVS fez, pouco, mas fizeram. Entretanto, quem mais recebeu recursos do Fundo Amazônia, a FAS, quantas famílias incluiu? Contudo, mesmo a pobreza aumentando ano a ano, vejo o governo estadual apoiando a FAS receber mais R$ 78 milhões de banco alemão para outros fins (Fundo Floresta), nem lembrando para fazer ações que visem chegar esses milhões que são disponibilizados anualmente pelo governo federal ao seu povo, o das UC´s, nem ajudando a fazer o ZEE onde já estamos com mais de dez anos com secretários de meio ambiente no AM com origem da FAS (que receberam acredito que em torno de 40 milhões para operar o Bolsa Floresta, tem documento na CPI mostrando quem assinou o contrato) sem qualquer esforço para fazer o ZEE que, sabemos, é uma política ambiental. De tanto descaso, depois de décadas, a área ambiental passou a bola para a SEDECTI, que também já parou depois da saída do Pauderney. Até quando? Quanto ao Bolsa Floresta, que chamo de Bolsa Miséria, ficou longos anos em apenas R$50 reais e para pouquíssimos.

Abaixo, nota da Conab divulgando a PGPMBIO. Quem opera essa política é a Conab, mas no Amazonas continental, sem apoio, vamos ficar enxugando gelo, ficar patinando. É uma nota fiscal, DAP e a comprovação da venda. Se isso a gente não consegue, não me venham falar em BIOECONOMIA, ECONOMIA VERDE, REDD+, CONCESSÃO FLORESTAL, CRÉDITO DE CARBONO, FUNDO FLORESTA, e por aí vai…só enrolação com os que verdadeiramente preservaram a floresta em pé. 

Veja a lista de preço que divulguei no meu blog Thomaz Rural, assim como os produtos. Lembrando que se tem pirarucu de manejo nessa lista foi por minha iniciativa, minha sensibilidade com o pescador/manejador, e ajuda de várias entidades (FAEA, OCB e FETAGRI), mas nunca com apoio de ONGs que só querem captar recursos internacionais onde nada muda o cenário e a pobreza só faz aumentar no estado mais verde do mundo. Os satélites não estão alcançando o estômago do guardião da floresta, apenas focos de queimadas, desmatamento. O estômago do guardião está em brasa, ninguém liga. Só faz de conta!

NOTA DA CONAB

“…É isso mesmo! O Plano Safra da Agricultura Familiar 2023/2024 destinou R$ 50 milhões para as operações da Política de Garantia de Preços Mínimos para os Produtos da Sociobiodiversidade (PGPM-Bio), executadas pela Conab em benefício dos extrativistas em todo o país. Mais uma ação do governo para fortalecer os povos e comunidades tradicionais que vivem da coleta de produtos naturais, contribuem com a redução do desmatamento e ainda ajudam na preservação das florestas brasileiras. Saiba mais sobre essa política e os produtos contemplados…”

11.07.2023Thomaz Antônio Perez da Silva Meirelles, servidor público federal aposentado, administrador, especialização na gestão da informação ao agronegócio. E-mail: [email protected]

Thomaz Meirelles

Servidor público federal aposentado, administrador, especialização na gestão da informação ao agronegócio. E-mail: [email protected]

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