Universidades FEDERAIS! Afinal de contas se um organismo é FEDERAL, está subordinado a qual dos poderes? Quem é o responsável pelo provimento de seu orçamento e a quem este organismo deve obediência? Quando se faz esta verdadeira pandemia HIPÓCRITA em relação à escolha por parte do governo Federal, via Ministério da Educação dos reitores das Universidades Federais, na verdade se reforça o caráter dúbio e ideológico em que se transformou esta Constituição de 1988, que foi pensada com uma intenção, porém se transformou em instrumento político de manutenção e aglomeração de poder.
Universidade Federal tem de ser controlada pelo Governo Federal e seus dirigentes tem no governo federal uma prerrogativa no momento de sua indicação. Inventar que a ELEIÇÃO PARA O CARGO é uma atitude democrática, é MAIS UM GOLPE DO POLITICAMENTE CORRETO, PARA MANTER O CONTROLE DO CAOS. Sim estou falando do caos em que muitas de nossas Universidades Federais de transformaram, tanto a nível administrativo quanto em termos de qualidade educacional. As que se destacam SÃO EXCESSÃO e não a regra, infelizmente, pois a educação após o período da ideologização do ensino superior acontecido a partir do governo pseudo-socialista do PT, ficou em segundo plano.
Ao invés de se preocupar com eleição para o cargo de reitoria, os alunos deveriam estar preocupados EM ESTUDAR, deixando para os órgãos competentes a cobrança da eficiência e honestidade dos gestores. Aluno não tem que exercer poder de voto em uma instituição pública, pois estaria neste caso abrindo uma prerrogativa de eleição para TODOS OS ÓRGÃOS PÚBLICOS DO PAÍS.
O que mais chama a atenção além da irritação de quem conhece a realidade, é a HIPOCRISIA E CINISMO de quem prefere fechar os olhos para a realidade da bagunça e falta de eficiência no modelo falsamente democrático que atualmente acontece em nossas combalidas Universidades Públicas. O ministro da Educação, com todas as suas falhas, realmente as tem e as cometeu, disse que em alguma tem até plantação de maconha! Tem quem duvide disso? Vai fazer uma busca bem feita nos campus pra ver se não encontra estas plantações e coisa bem pior.
Quando estou escrevendo estas linhas, falo com o coração apertado, pois sou TOTALMENTE FAVORÁVEL AO ENSINO PÚBLICO, inclusive me formei com muito orgulho na Universidade do Amazonas, em uma época em que os professores do curso de Economia, honravam sua capacidade e principalmente DAVAM AULA. Tenho prazer em afirmar minha formação acadêmica, o que dificilmente aconteceria se minha formatura tivesse acontecido mais recentemente. Tive oportunidade de ser professor na universidade Federal do Amazonas, mas não aceitei nem mesmo fazer o concurso praticamente ganho, por uma questão de CONSCIÊNCIA. Minha história docente de trinta anos no curso superior não aceitaria conviver com professores que batiam papo na área de alimentação, conversando e ouvindo música com violão, dizendo que estavam dando aula.
Estamos vivendo a maior pandemia já acontecida em nossa história e temos governadores sendo investigados por superfaturamento e até mesmo ROUBO de material médico, responsável pelo aumento de mortes de tantos brasileiros. O isolamento ou distanciamento social como queiram, foi proposto como forma de evitar a pandemia, mas os governadores, prefeitos e a população logicamente, NÃO ABRIRAM MÃO DO CARNAVAL. Muitos dos que choram a morte de entes queridos se acabaram no reino de Momo, sem se importar com o que poderia acontecer meses depois. E ACONTECEU.
Estas inversões de valores infelizmente são comuns na sociedade brasileira e no comportamento do cidadão tupiniquim, que se travestiu da fantasia do “politicamente correto” sem entender nem um pouco de política e nem mesmo entender o que seja correto. Quando grita aos sete ventos contra as manifestações de um grupo de malucos que prega a volta do AI5, é tão idiota que não sabe nem mesmo o que significa um AI. Se já aconteceu o 5, não poderia voltar, teria que ser o 6 e Ato Institucional aconteceu quando não existia Constituição a ser seguida. Pausa para pensar brasil!
*Origenes Martins Jr é professor, economista, mestre em engenharia da produção, consultor econômico da empresa Sinérgio