A inversão de valores dentro do cenário político brasileiro, infelizmente, faz parte do panorama desastroso e carcomido que se arrasta faz tempo ― gerando posturas insignificantes e às vezes transgressoras por violarem as leis vigentes.
Acaba de vir a público “as imagens escondidas do que aconteceu no aeroporto de Roma”, em que ficou demonstrado que o filho do Ministro Moraes foi quem iniciou tudo, conforme relato da Polícia Federal ao verificar as imagens recebidas do aeroporto de Roma. O filho do Ministro ao dar tapa na nuca de Roberto Mantovani iniciou a confusão. Outra vez se observa a conhecida tentativa de inverter os fatos, na medida em que o Magistrado tentou atribuir a culpa à vítima. Episódio vergonhoso da parte de um membro do Supremo ― execrado pelo povo brasileiro que ignora ou jogou na lata do lixo o princípio segundo o qual “ninguém está acima da lei”.
Após um silêncio misterioso, no qual ignorou ou sequer tomou conhecimento das queimadas, o presidente resolveu vir a público cobrar a Agência Nacional de Vigilância Sanitária para que agilize a liberação de remédios. Recebeu a resposta que o fez ficar a ver navios ― esqueceu que retirou milhares de empregos daquele órgão. A fala do presidente foi populista, inadequada e própria da filosofia comunista. Esqueceu também que a ANVISA é referência no mundo. O presidente recebeu 28 cartas da ANVISA e nenhuma atitude tomou ― talvez o esquecimento seja decorrente do efeito do álcool. Lamentável querer apoio amparado na mentira e na má-fé; o que é próprio dos socialistas.
E no jantar de encontro entre os debochados no apartamento do presidente de fato, muitas cenas constrangedoras. Afinal, Alkmin e Lira foram dois mudos dada a costumeira subserviência. E vários dos demais Ministros foram bonecos irrelevantes. Pobre legislativo! Vergonhoso STF!
Mas o pior virá: Elon Musk já mandou seu recado: “se o governo brasileiro não devolver os bens apreendidos ilegalmente da X e da Spece X também solicitará em troca a apreensão de bens do governo”.
Vá, presidente, saber a causa das queimadas no país e agora sobre a mancha de fogo com mais de 500 quilômetros de extensão na Amazônia, atingindo o Amazonas, Rondônia e Mato Grosso. Nosso país “contabilizou 115.944 focos em 2024, correspondendo a 46,3% de todos os incêndios na América do Sul”.
JOSÉ ALFREDO FERREIRA DE ANDRADE
Ex-Conselheiro Federal da OAB/AM nos Triênios 2001/2003 e 2007/2009 –