A saúde é o bem estar generalizado do ser-humano. Sabemos que o Brasil é um país que ainda precisa avançar muito na questão da saúde, mas é preciso haver um entendimento crucial de que não se tinha anteriormente: o bem estar e uma vida saudável iniciam na mente. É fato que o número de doenças e de letalidade ainda é muito alto em solo brasileiro. E são muitas as razões para esta realidade, como por exemplo, a ausência de um investimento maciço em saúde durante décadas e décadas (o que resultou em um caos hospitalar durante a pandemia da Covid-19), além da falta de políticas públicas macro no que tange a acompanhamento, prevenção e tratamento para as mais diversas enfermidades.
Além de ser fundamental a infraestrutura no atendimento médico-hospitalar (seja de média ou alta complexidade) e na busca pela excelência no sistema de saúde nacional, também é de vital importância que o atendimento básico seja eficaz. E um dos primeiros passos para essa mudança de paradigma é que as pessoas se conscientizem que precisam agir em busca de evitar o aparecimento ou o agravamento de doenças. Por isso as campanhas temáticas mensais, com o uso de cores simbólicas para chamar a atenção da sociedade, são estratégias importantes para trabalhar a conscientização da população, porque de nada adianta ter um sistema que venha a ser eficiente se os cidadãos não tiverem o entendimento de que precisam fazer a sua parte para ter uma saúde de qualidade.
E a temática do primeiro mês do ano não poderia ser mais propícia: o Janeiro Branco, que trata da saúde mental. Uma coisa é certa e deve ser considerada: a saúde começa na mente. Não é só as doenças físicas que trazem perigo, mas as originárias no cérebro, como estresse, ansiedade, depressão e pânico, dentre outras. As doenças mentais podem ser causadas por uma série de fatores, como genética, abuso de substâncias e traumas. Nessa relação entram também os transtornos de humor, esquizofrenia e o transtorno bipolar.
A ansiedade, por exemplo, é uma característica biológica do ser humano, que pode desencadear, dependendo do grau de intensidade e da frequência que ocorre, sensações corporais desagradáveis, como a falta de ar, a angústia, os medos exagerados e o não relaxamento corporal e mental. A síndrome do pânico é um agravamento da ansiedade. Em outras palavras, são crises repentinas de ansiedade aguda, marcadas por muito medo e desespero, associadas a sintomas físicos e emocionais aterrorizantes.
O estresse, por sua vez, é uma defesa natural do organismo que ajuda a sobreviver. Caso não consiga reverter os momentos estressantes, algumas desvantagens, como aumento da pressão arterial, dores musculares e alterações na pele, podem aparecer a curto ou a longo prazo.
Já a depressão é uma doença que provoca alterações cerebrais no paciente. Existem várias causas e vários níveis depressivos. Pode ser desencadeada por fatores psicológicos ou genéticos. É essencial o acompanhamento de um médico da área, tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento. Os principais sintomas da depressão podem ser a apatia, distúrbios na hora de dormir, tristeza profunda e pensamentos negativos.
Enfim, precisamos compreender que a mente deve estar saudável para que o restante do corpo também possa estar, e que os distúrbios psicológicos/psiquiátricos não são “frescura” e sim algo muito sério que precisa ser verificado e tratado desde a infância, pois somente com uma mente saudável é que se pode alcançar uma vida feliz.