23 de novembro de 2024

Jogar lâmpadas no lixo. Onde? 

Carlos Silva

Que a Humanidade evoluiu, é óbvio, mas, por vezes, leva um certo tempo para muitas pessoas se acostumarem com algumas novidades. E se acostumar não é, necessariamente, gostar. E isso me lembra quando pago os impostos. Bem, dia desses alguns vizinhos vieram em casa para, juntos, consertamos uma máquina de lavar, antiga, de um deles. Não que eu entenda profundamente do assunto, mas tenho o hábito de, há muitos anos, comprar ferramentas diversas e variadas, das quais, da grande maioria, não tenho a menor ideia de como usar. Cito como exemplo um torno mecânico, pequeno, que tenho em casa. Claro que eu nunca usei. Mas, está lá, ainda, até o dia em que a patroa se aborrecer com ele. Voltando ao foco do artigo, eu e meus vizinhos terminamos de consertar, ou melhor, “despiorar” a tal lavadora no início da madrugada. Bem, eu e meus vizinhos, que somávamos quatro idosos nesse evento, tínhamos, juntos, trezentos anos de idade, ou seja, velha guarda raiz. No término do serviço, vi que a lâmpada que usamos como rabicho, em certo momento, havia queimado. Era uma lâmpada, que não se vê muito por aí, incandescente, de vidro. A retirei do bocal e fui jogar fora. Começou o meu calvário! Eu não pude por no lixo de casa para não machucar o pessoal da limpeza, ou algum pet, ou alguma criança que poderia brincar por ali. Então a guardei, com muito cuidado. Na manhã seguinte, fui à administração do condomínio e fui informado que não existia local, nem onde moro, nem próximo e nem no bairro, com a coleta seletiva adequada para receber a tal lâmpada. Enfim! Não sou concordante fanático das ideias de meio ambiente. E nem discordante fanático também. Mas, sério, descartei a lâmpada em exatos quinze dias, no colégio de uma neta, em um local que recolhia material inservível adequado, como a bendita lâmpada. E só o fiz devido à dica da neta, uma garotinha de cinco anos, que ficou preocupada com o meu estresse em se livrar, da forma correta, daquela lâmpada, que quase virou um enfeite de mesa de escritório. Desde então, me tornei pesquisador das ideias e ideais de meio ambiente. Concordo, na teoria, com muitos pensadores e pesquisadores sobre o tema. Lembrando que as ideias de meio ambiente não eram ensinadas, com tanta profundidade,  nas escolas, nos anos 50 e 60. Essa novidade se iniciou, de fato, após a Guerra Fria. Mas, a política e os interesses desvirtuaram, em muitos casos, as ideias iniciais. Mas, a vida segue ! E com cervejas ! Geladas ! 

Carlos Alberto da Silva

Coronel do Exército, na Reserva, professor universitário, graduado em Administração e mestre em Ciências Militares

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