Lidando com a raiva

Em: 8 de dezembro de 2022

Não falta situações no dia a dia para que você seja tomada pela raiva e se não souber lidar com ela pode transformar um simples conflito em um movimento de ódio para a vida toda. Pode destruir relacionamentos de anos com palavras ou atitudes impensadas. Pode penalizar pessoas ao seu redor por eventos externos a elas.

A raiva é a emoção que gera ação e quando bem gerenciada nos tira da zona do conforto, nos mobiliza para resolver problemas, nos impulsiona para resolver situações insatisfatória e tantos outros benefícios na vida prática.

Quando não gerenciada pode virar uma mágoa tão profunda, acarretando em malefícios imensuráveis contra você (físicos, mentais, emocionais, espirituais) e contra outras pessoas.

Para não bebermos desta “má água” – mágoa e não carregarmos ressentimentos contra outros e culpa contra nós, vale aprender a lidar com a raiva e ao gerenciar esta emoção aproveitar dos seus ganhos e distanciar de suas perdas.

A raiva pode ser um fator impulsionador para alcançar suas metas pessoais. 

Não tenho a intenção de ser terapeuta nestas poucas linhas, mas enumerei algumas reflexões que podem ajudar no entendimento de seus fatores desencadeantes, bem como suas dificuldades pessoais em lidar com determinadas situações. Este caminho de autodescoberta pode revelar pontos importantes a serem aprofundados quando não conseguir gerenciar sozinho o caminho das soluções.

– Quais são as situações que despertam raiva em você? Por quê?

– Você consegue perceber seus pensamentos no momento em que sente raiva? Descreva-os

– Quando você sente raiva, consegue perceber-se enraivecido (a)? Consegue mudar o estado emocional ou fica alimentando a sua raiva? Explique

– Quais sinais seu corpo manifesta quando você sente raiva? O que você pensa sobre isto?

– Você já se arrependeu de falar ou fazer algo quando estava com raiva? Qual lição você aprendeu?

– Você acha possível canalizar sua raiva para algo produtivo? Comente

– Em que situação você acharia natural sentir raiva? Comente

– Analise o seu padrão comportamental ao sentir raiva: você age de forma agressiva, passiva ou assertiva? Por quê?

– Analise o seu padrão comportamental ao lidar com uma pessoa que está com raiva: você age de forma agressiva, passiva ou assertiva? Por quê?

– Quando criança, ao sentir raiva, como você lidava com essa emoção? Atualmente, você agiria da mesma maneira ou outra atitude? Por quê?

– Qual sentimento domina você após um momento de raiva? Comente

– Em qual ambiente você sente mais raiva: em casa, com as família, ou na faculdade/trabalho, com os colegas? Por quê?

Quando não administrada, a raiva intensa e recorrente pode ocasionar problemas de saúde, como desenvolver ou agravar doenças cardiovasculares e hipertensão arterial. Sua saúde é sua prioridade. Pense nisto!

É claro que a dica de Thomas Jefferson que ao ficar zangado conte até dez antes de falar, se estiver muito zangado, conte até cem não é a fórmula mágica, mas pense na mecânica estimulada aqui de raciocinar e não ser simplesmente levado pelos sentimentos. A integração entre razão e emoção é a combinação que nos permite inteligência emocional.

Na hora da raiva é sempre possível ser racional e não “trocar os pés pelas mãos”. É possível aprender a substituir pensamentos irracionais reforçados pela raiva por um pensamento racional. O ditado popular diz que “a gente só dá o que tem”. O que você tem a oferecer quando se comporta em consonância com a raiva intensa?

Quando sobre o comportamento de outras pessoas que gera raiva em você, é sempre possível dar um novo significado a situação e não se permitir associar ao que o outro faz. Pense: “Se você odeia alguém, é porque alguma coisa nele faz parte de você. O que não faz parte de nós não nos perturba”. Esta frase de Hermann Hesse faz sentido para você?

Quando nos lembramos de algo ou alguém de quem sentimos muita raiva, temos as mesmas sensações psicofisiológicas, porque o cérebro não consegue distinguir se o fato está ocorrendo agora ou no passado.

Outra dica importante, nos relacionamentos que foram atingidos pela raiva é o próprio perdão. O perdão é libertador. Você já pensou em perdoar a pessoa de quem você sente raiva?

Lembre-se que o que cura a raiva não é o tempo, mas a sua decisão de aprender a lidar com este sentimento de uma maneira positiva e saudável para sua vida.

Cintia Lima

Psicóloga, Mentora de Líderes e Master Coach

@psi.cintialima

Cíntia Lima

é Psicóloga, Master Coach e Mentora Organizacional [email protected] - 92 981004470
Pesquisar