Nos é sabido que liderar é qualquer um que assuma a responsabilidade de encontrar potencial em pessoas e processos, e que tenha a coragem de desenvolver este potencial.
Como diz René Brown em seu livro “A Coragem de Liderar” – Para viver com coragem, propósito e vínculo, ou seja, para sermos a pessoa que desejamos ser, é preciso sermos vulneráveis e nos livrarmos das armaduras.
Nossa Cintia, não era sobre Liderança Ousada?
Sim, para coragem existir de verdade e suas ações sejam ousadas é preciso desaprender a usarmos pensamentos, emoções e comportamentos como armas.
Para nos protegermos da vulnerabilidade, de sermos magoados ou diminuídos, vestimos armaduras e nos tornamos escassos.
O oposto da liderança com armaduras é uma liderança com ousadia. Quer algumas estratégias:
1 – Demonstrar e encorajar o empenho saudável, a empatia e autocompaixão, ao invés de estimular o perfeccionismo e promover o medo de falhar – Perfeição não existe.
2 – Praticar a gratidão e comemorar feitos e vitórias, em oposição a ideia de trabalhar usando incertezas e desperdiçar oportunidades de alegria e reconhecimento.
3 – Ser um aprendiz e fazer bem-feito, ao invés de ser um “sabe-tudo” e estar sempre certo. Você pode sair do “estar certo” para a vontade de “fazer bem feito”.
4 – Saber seu valor, em oposição a lutar para ter valor. Líderes ousados se reúnem com suas equipes e promovem confrontos verdadeiros a fim de abordar as contribuições específicas de cada membro, para todos saibam no que são bons.
Quando nos deparamos com o conceito da liderança somos levados a ideia de pessoas destemidas, que fazem tudo certo, sem defeitos ou falhas, que não se deixam intimidar por alguma situação complicada e que conseguem sempre ir além.
Pense: Você não pode alcançar a coragem sem encarar a vulnerabilidade.
Quero dizer que a liderança destemida e corajosa não é aquela que procuram desbravar o mundo dos negócios com um colete no peito e uma espada na mão, mas é aquela que…
… está disposta a encarar nos olhos de um colaborador e ter uma conversa difícil e complicada.
… está disposta a ajudar o outro a progredir por mais trabalhoso que isso seja.
… sabe criar caminhos de empatia e relações de respeito.
… procura entender os medos quando precisa tomar uma decisão arriscada.
… procura solucionar problemas complexos com apoio e visão coletiva.
… entende que é humano ter fraquezas e as entende para evoluir.
… se importa com o que vai acontecer e por isto é cuidadoso com suas palavras e ações.
Vale refletir que é olhando para dentro que se enxerga bem o que existe do lado de fora e assim enfrentar os desafios de liderar, posso até citar alguns desses desafios:
- Promover a diversidade.
- Transformação digital.
- Ambiente de trabalho mais justo.
- Gerenciar as diferentes gerações.
- Aprender a pensar fora da caixa.
- Novos modelos de gestão.
- Engajamento do time.
- Corrigir sem desmotivar.
Este pode ser um caminho de uma liderança corajosa para conseguir lidar com essas inúmeras situações desafiadoras: capacidade de enfrentar seus próprios medos, assumir riscos calculados e tomar decisões difíceis, criando um ambiente propício para o crescimento e a superação de obstáculos.
Neste percursos avaliando os medos da sua liderança, que podem ser: medo de estabelecer metas grandes e ambiciosas, medo de confiar mais na equipe, medo de tentar coisas novas, medo de posicionar e falar o que realmente pensa, medo de perder poder, medo de decidir sem o 100% de apoio, medo de demitir quem precisar ser demitido, medo de encarar os fatos para as coisas que estão erradas, medo de tomar decisões difíceis e impopulares, medo de ser confrontado ou de conflitos, medo de não ser bom suficiente para liderar a equipe, medo de mudanças e de se adaptar a novas circunstâncias, medo de delegar tarefas e perder o controle.
Hoje, vale se perguntar: O que impede a minha liderança ousada?
Cintia Lima
Psicóloga, Master Coach e Mentora Organizacional
@psi.cintialima