23 de novembro de 2024

Light pode ser salva 

Aristóteles Drummond

         Quando o futuro da LIGHT parecia irremediavelmente incerto, preocupando os fluminenses do setor publico e privado, o governo federal como poder concedente, surgiu uma esperança de retorno as melhores tradições da empresa centenária com relevantes serviços a população e a economia do Rio de Janeiro. Convém lembrar que a empresa sempre foi lucrativa e trabalhou considerando condições de mercado diferenciado das demais distribuidoras brasileiras. Teve – e tem – uma cultura própria, ignorada  pelos dirigentes, muitos com residência fora do Estado. 

   O resgate tem nome e sobrenome: Nelson Tanure, o vitorioso empresário, dinâmico, competente, que lidera um dos maiores grupos do país   na construção civil, na saúde  e no petróleo e gás. Empreender não pede apenas capital, mas, sobretudo liderança, vocação, sensibilidade, correção, intuição e compromisso público. A trajetória deste homem sempre esteve vinculada a atividades de alcance econômico e social relevantes. Sua manifesta disposição de assumir a missão de recuperar a empresa teve a melhor repercussão. 

   A LIGHT derreteu em função de gestão temerária, voltada para o curto prazo, para os bônus indevidos, em clima de arrogância e falta de noção do que é uma concessão de serviço publico tão relevante. Uma versão irresponsável do caso Americanas, inclusive por atores em comum.  A crise preocupa milhares de pequenos acionistas, investidores, fornecedores, consumidores, funcionários e atendidos na Fundação Braslight e o próprio governo estadual, que conta com a empresa para consolidar o belo projeto de reerguimento econômico e social que vivemos.  O governo federal, poder concedente, pode e deve ajudar na solução de mercado para preservar a empresa, mas pelas declarações do Ministro Alexandre Silveira não admite conceder credito de confiança a quem se mostrou incompetente ou imbuído de má fé. 

  Impressiona a falta de bom senso,  a arrogância, de um grupo comprometido com  inimaginável fracasso solicite socorro e não assuma suas responsabilidades. Muita coisa a ser apurado.

As forças vivas da sociedade saúdam este fio de esperança para o resgate de uma empresa que é parte de seu progresso. Se todos quiserem haverá a solução de mercado. O fio de esperança pode ser um rio a favor do Rio.

Aristóteles Drummond

É jornalista e presidente da Associação Comercial do Estado do Rio de Janeiro

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