Dias passados num programa de televisão a cabo (Discovery Channel) era apresentada uma reportagem cientifica que me tocou profundamente pela necessidade que o ser humano possui de ver a imagem de um ente querido: Um casal canadense há dezoito anos perdeu o seu primeiro e único filho ao nascer. Não puderam mais ter filhos. Neles ficou aquela sensação do nada. Do vazio. De carência da presença física do filho tão ansiado. Desejavam vê-lo nem que fosse apenas num retrato. O avanço tecnológico e científico aliaram-se e vieram em seu socorro na obtenção de seus objetivos. Reuniram-se dados técnicos, físicos, até psíquicos e a somatória das características genéticas e biológicas dos pais compuseram num pôster colorido a imagem aproximada do que poderia ser nos dias de hoje o filho perdido, já aos dezoito anos. A emoção do casal ao ver o retrato traduziu-se nas lágrimas, nos beijos dados. Mãe de Deus, Virgem Maria mil invocações mas é só uma, e na observação amorosa do pôster do filho exposto num local de destaque do salão principal da casa. O retrato do filho que não puderam ver, nem acarinhar. Nosso peito, Exemplo quadros nas salas de nossa casa, em nossos carros, e a cabeceira de nossa cama. Retratos de quem queremos bem. Nunca vimos a Virgem Maria. A Bíblia nos conta que ela é a Mãe de Deus. E que no Calvário, Jesus no-Ia entregou como Mãe nossa, ou seja, da humanidade. Assim somos nós cristãos católicos. Colocamos imagens nos altares de nossas igrejas, medalhas em nosso peito, quadros nas salas de nossa casa, em nossos carros, e a cabeceira de nossa cama. Retratos de quem queremos bem. Nunca vimos a Virgem Maria. A Bíblia nos conta que ela é a Mãe de Deus. E que no Calvário, Jesus no-la entregou como Mãe nossa, ou seja, da humanidade. Queremos ansiosamente seu retrato como o casal canadense, não para adorá-lo, pois a verdadeira devoção a Maria se apresenta como promoção de fé e do amor de Jesus, Deus nosso. Ela é nossa intercessora. Queremos essa imagem como o casal canadense, para observá-la amorosamente. Para fazer parte de nós. De nossa família. Como modelo de vida, pois a Virgem presente em cada um dos povos da terra e deseja ajudá-los a promover uma sociedade humana que se converta na família de Deus. E sempre dizendo como em Caná: “Fazei o que Ele vos disser”. Ela é mãe presente no Brasil dia 12 de Outubro quando a celebramos como padroeira de nosso País e do povo brasileiro. O Santuário de Aparecida do Norte mostra a Virgem cumprindo em a função confiada por Deus na história de nossa salvação. Ela viveu o advento decisivo regulador de todos os acontecimentos da história. A invocação de Nossa Senhora de Aparecida, Padroeira do Brasil, data do século XVIII e tem como personagens pescadores que lançavam rede ao rio Parnaíba e nada pescavam. Numa das vezes trouxeram à tona uma imagem de Nossa Senhora, mas sem a cabeça. Lançando as redes outra vez mais a baixo do rio, encontraram a cabeça e na terceira vez que jogaram a rede já desesperançados, está veio abarrotada de peixes e à Senhora Aparecida nas águas atribuíram o milagre. Em 1930 foi declarada Padroeira do Brasil. Em 1967, 250 anos após a aparição, Nossa Senhora Aparecida recebeu a mais importante honraria concedida pela Santa Sé: A Rosa de Ouro. Outorgada pelo então papa Paulo VI que disse à época. “Esta flor é a expressão mais espontânea de afeto que temos por este grande povo, que nasceu sob o signo da Cruz”. No Santuário de Nossa Senhora Aparecida ela dará testemunho de nossa constante oração a Virgem Santíssima para que interceda junto a seu Filho pelo progresso espiritual e material do Brasil. A virgem mãe de Deus tem mil nomes de invocação que o povo lhe dá. Exemplo, Da Glória, de Nazaré, de Fátima, Guadalupe, Conceição, mas é s ó uma. Mãe de Deus, Jesus Cristo.
CARMEN NOVOA SILVA, é Teóloga e membro da Academia Amazonense de Letras e da Academia Marial do Santuário Nacional de Aparecida-SP