Carlos Silva
Dia desses, em um Seminário, um ouvinte perguntou ao palestrante quantas guerras existem, hoje ainda, no mundo, além da Rússia e Ucrânia e as tensões contra Israel. Focalizei a pergunta e aguardei, ansioso e curioso, a resposta, pois é um tema que saboreio estudar. O palestrante respondeu, com excelentes argumentos, em cerca de vinte interessantes minutos. De fato, o nosso aparente pacifismo, e por estarmos em um país na América, além de sermos celeiro do mundo, e criarmos a nossa própria “verdade mundial”, estamos alheios ao que ocorre por aí a fora. Temos, hoje, guerras convencionais, guerrilhas urbanas, combate a narcotraficantes, insurreições, golpes de estado extremamente violentos, guerras raciais e muito mais. Basta analisar o que ocorre no continente africano, subsaariano. Claro, que como são problemas em locais de reduzido, ou extremo, interesse geopolítico no planeta, não vende notícias. Ou, no mínimo, as mídias não se interessam. Logo, se não sai nas TV abertas, o povão não fica sabendo. E, se souber, vai fazer o quê? Bem, podemos ficar tristes pelas vítimas inocentes. Mas, o que define um inocente em uma guerra? Só por não ser soldado, é inocente? Experimente dar uma arma a um jovem de 14 anos pronto para defender seu país e seu povo. Você verá uma fera! Claro que uma guerra é algo que muitos não desejam, enquanto outros torcem por ela. A bem da verdade, a Humanidade só se desenvolve após sangrentos conflitos. A Internet ter sido criada no contexto da Segunda Guerra Mundial é um exemplo. Se compararmos nosso Brasil com os países do hemisfério norte que já estão em conflito e aqueles que estão prontos e outros que estão se preparando, veremos algumas vantagens nestes vizinhos no planeta. Eles não têm que assistir às “notícias” que nossas mídias abertas nos mostram, diariamente. Eu não assisto TV aberta. Mas, pelo que se escuta aqui e ali, observa-se que, para muitos, o tal de BBB é muito mais importante que a escalada do conflito entre EUA x China. Mas, por enquanto, nós, no Brasil, vivemos em paz, e não absoluta. Pelo menos, se pode, ainda, ver a vida seguir. E com cervejas! Geladas!