22 de novembro de 2024

Manaus e o turismo


Nilson Pimentel (*)

The biggest trend of contemporary urbanism has been to provide ‘walkable’ cities and spaces in which people like to be, the focus of urban actions related to adaptation to climate change, resilience, sustainability, safety, among other aspects, has turned to the community needs. In order to achieve success in these actions, there is nothing better than building ‘places’ (placemaking), since it is human nature to take care of spaces when we are somehow concerned about them. Creative placemaking makes it possible to take advantage of public places using them as support for urban and festive interventions where people can relate. Its use aims to build public spaces where people feel comfortable to spend most of their time. Dedicating more streets to the exclusive flow of pedestrians and even building more parks are some measures that apply this concept and help generate changes and advances. In addition, its use helps to strengthen the sense of permanence in a community and tourism, thus, the identification with a neighborhood or city, with the aim of “creating more cohesive, healthy and resilient places”. For this to be possible, it is necessary that both the artists and the organizations that manage the artistic festivals and the inhabitants participate in the development, as this helps to plan the other sectors of the city, such as education, housing, public security strategies. , health, transport and land use itself. 

Manaus é a capital da Zona Franca! Contudo, se precisa muito fazer para transformá-la em uma cidade turística e capital da Amazônia, uma vez que se encontra no centro da maior floresta tropical do mundo. Manauaras ou residentes convivem muito bem com as dificuldades que a cidade-estado apresenta, ou de outra forma a falta de sustentabilidade ambiental dentre tantas dificuldades diversas. Sem embargo de outras abordagens, a imensa desigualdade que se tem, inclusive em toda a sua Região Metropolitana. O pessoal do CEA esclarece para os demais leitores que o Amazonas, ainda atualmente, possui somente uma matriz econômica, considerada por economistas que estudam as matrizes, dentro daquilo que a Ciência da Economia assim considera representada por indústrias do PIM (Polo Industrial de Manaus).   Na observação dos pesquisadores economistas do CEA (Clube de Economia da Amazônia), mesmo estando no centro da floresta Amazônica, Manaus carece de rua e praças arborizadas, limpeza de igarapés poluídos, ruas esburacadas e com capins e “matos” crescidos, indica-se parar de apontar carências e de criticar, mas, como esses pesquisadores pontuam Políticas Públicas e Planejamento Econômico Urbano (PEU) são instrumentos de gestão pública primordiais para desenvolvimento econômico de cidades como a capital do Amazonas. Sendo assim, esclarecem aqueles pesquisadores “carências de Políticas Públicas urbanas, quando se trata de cidades como Manaus, resultam na produção de cidades com vários problemas socioambientais: deficit habitacional; assentamentos precários (invasões de terras privadas e públicas); escassez de água potável em alguns “bairros ou aglomerações de barracos”; esgotos a céu aberto; ausência ou insuficiência de áreas verdes e de espaços de uso comum de lazer como praças e parques ou destinados à prestação de serviços públicos, como escolas, delegacias e postos de saúde; despejos de lixos sobre vias públicas e/ou terrenos baldios; edificações insalubres, sem insolação, mal ventiladas e sem privacidade; moradias em áreas sujeitas à disseminação de doenças contagiosas e a acidentes como alagamentos, deslizamentos e incêndios; poluição do solo, da atmosfera e dos recursos hídricos, além da poluição sonora; ruas estreitas e insuficientes para o volume de tráfego (saturação do sistema viário, congestionamento); transporte público precário; calçadas de má-qualidade e sem acessibilidade universal; conflitos de vizinhança geradores de hostilidade e aumento de atos de violência e da pobreza”.
Como todos habitantes da cidade de Manaus bem sabem das precariedades que se tem e das dificuldades que se vive, mesmo assim, se tem visto a demonstração de amor e carinho pela cidade, sem, contudo, ser acompanhado de comprometimento das autoridades responsáveis por sua gestão municipal como capital-estado do Amazonas. Entretanto, a cidade-estado apresenta alguns atrativos que bridam seus habitantes e turistas que a procuram, por exemplo: o Festival de Ópera!  Observações empíricas do pessoal do CEA, a cidade- estado capital do Amazonas possui alguns encantos naturais inegáveis; Encontro das Águas; Baía do Rio Negro, Musa (Museu da Amazônia), Parque do Mindu, algumas praias no rio Negro, as cacheiras de Figueiredo, o lago de Balbina, as Anavilhanas, dentre outros. E ainda o pessoal do CEA ressaltando que Política Pública é a política pública voltada à gestão municipal que trata da ordenação do território da cidade, buscando a arquitetura de um ambiente urbano de qualidade e a melhor distribuição dos espaços entre os diversos usos que disputam, de modo que se cumpra com as funções socioeconômicas da cidade e da propriedade urbana (habitação, trabalho, comércio, recreação, circulação, atendimento de saúde, educação, lazer, etc, etc, etc, haja vista o que dita seu Plano Diretor, objeto do PEU, transformado em lei municipal). Mais adiante, dizem aqueles, invocando figuras da geografia econômica urbana, o arranjo físico-territorial das cidades é também componente essencial para a proteção do meio ambiente, preservação do patrimônio histórico-cultural, e para o desenvolvimento econômico e social. 
De acordo com os pesquisadores do CEA, a execução de política pública urbana dá pela implementação, manutenção e exploração das redes de infraestrutura (sistema viário, redes de água, esgoto, gás, energia elétrica, telecomunicações etc); implantação e manutenção dos equipamentos públicos e comunitários (praças, parques, escolas, hospitais, delegacias de polícia, sedes de órgãos públicos, etc, etc, etc); ordenamento do uso e ocupação do solo urbano (loteamentos, construções, uso das edificações), por meio do zoneamento, índices urbanísticos e licenciamento; por ações de regularização fundiária e integração urbana de assentamentos precários; por ações de preservação do patrimônio artístico, paisagístico, histórico e cultural, dentre outros tipos de atuação, mas não se precisa ensinar à gestão municipal tais atuações, para que agregue à cidade-estado Manaus condições e fatores mínimos à transformações turísticas. Por outro lado, pesquisas  mais  recentes identificam os atuais rumos que vem tomando  a  regionalização  do  turismo  e,  que alguns estudiosos denominam de “nova regionalização turística”.
Segundo esses  estudos,  novas  “regiões  de  turismo”  vêm  sendo  desenhadas  não  apenas para  atender  às  demandas  do  turista  em  si, mas como resposta aos problemas econômicos  causados  pela  reestruturação  da  economia  mundial  e  pelo  aumento  da  competitividade territorial no contexto pós pandemia. Como outro modo demonstrativo, assentamentos turísticos com oferta diversificada, grandes espaços recreativos, têm sido conformados em escala  regional  e  local,  como  uma  tentativa de reverter o quadro negativo provocado pelo declínio de outros setores em determinadas regiões e, também, por conta da competição cada  vez  mais  acirrada  entre  as  regiões  na economia  regional.  É neste cenário  que cidades e localidades vêm adquirindo outras funções, notadamente a partir da implantação de infra-estruturas e equipamentos urbanos, destinados a atrair novas demandas por atividades  de  turismo,  lazer,  recreação,  diversão e outras formas de uso/consumo dos espaços urbano-metropolitanos. Tais  espaços  buscam  ofertar,  assim, uma  ampla  gama  de  serviços  relacionados ao turismo e ao lazer urbanos.Com efeito, o chamado turismo urbano é  um  bom  exemplo,  tornando-se  até  mesmo o centro da disputa entre governos regionais e  locais  particularmente,  no  que  se refere  à atração de novas demandas para o consumo urbano e/ou metropolitano, tal como é o caso do turismo de negócios e eventos, turismo cultural,  turismo  religioso,  turismo  de  esportes, dentre outros.

(*) Economista, Engenheiro, Administrador, Mestre em Economia, Doutor em Economia, Pesquisador Sênior, Consultor Empresarial e Professor Universitário:
[email protected]

Nilson Pimentel

Economista, Engenheiro, Administrador, Mestre em Economia, Doutor em Economia, Pesquisador, Consultor Empresarial e Professor Universitário: [email protected]

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