22 de dezembro de 2024

Manaus que respiramos

Narram os historiadores que “Manaus nascera de um forte feito de pedra e de barro que os portugueses usavam para proteger o Norte do Brasil  das invasões espanholas”. Este forte era rodeado por várias tribos indígenas como os barés, os banibas, os passes e os “manaos”, tendo esta última tribo dado o nome à cidade que hoje é a capital do Amazonas. Os portugueses ergueram uma capela para homenagear Nossa Senhora da Conceição que passara  a ser a padroeira do local. Já em 1832 com o crescimento do povoado surgira a Vila de Manaus e no dia 24 de outubro de 1848 a Vila se tornara a cidade da Barra do Rio Negro que anos depois passara a se chamar cidade de Manaus, localizada perto do encontro das àguas verdes do Rio Amazonas com as águas escuras do Rio Negro.

No final do século dezenove tivemos a época da borracha, época  das mais importantes  porque vinham navios do mundo inteiro adquiri-la. A borracha era feita do latex extraído das seringueiras. E  com isto Manaus vivera um ciclo de riqueza, ocasião em que construiram o Teatro Amazonas, onde vários artistas europeus se apresentaram. Manaus vivera uma época de explendor, de luxo e de progresso; até que o interesse pela borracha diminuira e a cidade se estagnara. Contudo, com o advento da Zona Franca de Manaus a partir da década de  sessenta, a cidade voltara a crescer, agora com um parque industrial em desenvolvimento e um comércio pujante. O turismo interno crescera muito na década de setenta. Manaus passara a ser uma metrópole,   mas sempre no meio da floresta amazônica.

Hoje Manaus possui cerca de 400 mil indústrias instaladas no Polo Industrial e em 2019 a região faturara R$ 105 bilhões. Com isto, a arrecadação de tributos federais sempre crescera, colocando Manaus entre as capitais que mais transfere valores  para o governo federal do que recebe. O comércio contribui muito para a arrecadação de ICMS e com o crescimento das regiões  Leste e Norte da cidade, o que tornara estes centros verdadeiras comunidades com vida própria, tivemos uma expansão demográfica incontrolável. Manaus já atinge cerca de 2,2 milhões de habitantes, mantendo um acentuado avanço em todos os segmentos, apesar do cenário político quase sempre não compreender as necessidades da população. Mesmo com tudo isto e a pandemia, Manaus mantém sua vida com excelentes restaurantes, profissionais liberais competentes e boas escolas particulares; além do Colégio Militar nos quais o ensino é de ponta, proporcionando aos alunos boa formação pré-universitária.

Todos os que aqui vivem amam Manaus e esperam que os novos “políticos” reconheçam  o valor do manauara como ser humano. Quer ser FELIZ conheça Manaus.

Alfredo Andrade

é escritor e advogado, autor do livro Página Virada - Uma leitura crítica sobre o fim da era PT

Veja também

Pesquisar