21 de dezembro de 2024

Meus parabens, Willard Carrol Smith II

Finalmente encontro uma atitude, divulgada pela brasileira mídia televisiva aberta e cheia de frescuras imbecis, que me encheu de orgulho. Meu jovem Will Smith, o seu tapa na cara do comediante estúpido, que fez uma piadinha ridícula e sem-graça com a saúde e a aparência de sua esposa, foi merecido e digno de reverência. Você conquistou o meu respeito, sim! Na verdade, já vi muito dentes quebrados por motivos semelhantes. De fato, você foi até discreto. Por mim, tinha que ter nocauteado o comediantezinho, ali mesmo, na frente das câmeras. Will, uma mulher se casa com um homem para ter um parceiro na vida, que a defenda e divida a vida com ela,  e um macho na alcova. Caso contrário, ela se casa com um homossexual ou com outra mulher. Cabe a escolha, em um mundo livre, e eu não tenho nada contra. Mas, um parceiro tem que defender, sempre, sua esposa. E defender de qualquer forma. E de qualquer jeito. Claro que haverá consequências, ainda mais em um ambiente cercado de deslumbrantes mariposas cheias de mimimi e outras denguices imundas. Mas, eu pesquisei opiniões diversas sobre o tapa e, graças aos Céus, todas esposas com quem conversei foram unânimes em apoiar o teu gesto, a tua atitude, o tapa que o comediantezinho mereceu. E foi pouco! Agora, a sociedade ocidental enfraquecida por criminosas ideias de politicamente correto, o que eu abomino de verdade, vai tentar te crucificar de uma forma ou de outra. Uma coisa eu garanto: não vai manchar tua competência no que você faz de melhor: atuar! E você conquistou muito mais fãs no mundo. Não me importa o que aconteceu no day after do tapa. O importante foi o fato em si e as condições em que ocorreu! Penso no que a Sra Jada Koren Pinkett Smith faria, caso você não tomasse um atitude de homem, como você fez. Na verdade, quem foi agredido foi você e sua esposa, pela zombaria recebida. E, você foi aplaudido de pé pela conquista do Oscar. E depois do tapa. Ou seja, a plateia soube separar o joio do trigo. Eu não assisti e nem assisto programação de TV aberta, pois não existe nada que eu considero útil. Aqui no Brasil atual, onde a Liberdade de Expressão, aparentemente, deixou de ser ampla, geral e irrestrita, por muito menos, tem gente presa por aí. Mas, no salão onde corto meu cabelo, era a conversa reinante. E todos, todos mesmo, te apoiaram. Um frequentador do salão ainda perguntou: será que o apresentador sabia da doença da esposa do Will? Resposta de outro frequentador: isso eliminaria o respeito? Terminamos todos em uma roda de  cervejas. Meus parabéns, Will Smith! Você provou que a Humanidade tem salvação, ainda ! E o agressor comediantezinho se desculpou, em público?

Carlos Alberto da Silva

Coronel do Exército, na Reserva, professor universitário, graduado em Administração e mestre em Ciências Militares

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