Já foi prometido por FHC, Lula, Dilma, Temer e até pelo atual presidente Bolsonaro (ainda tem 8 meses de governo), mas o vídeo postado nas redes sociais pelo Marquinhos, ex-secretário de produção rural de Manacapuru, mostrando a atual situação da BR-319 confirma que o descaso com nosso Estado continua. Detalhe interessante é que as laterais dessa péssima estrada vem acompanhada de verde intacto, floresta intacta de ambos os lados. Cadê o desmatamento?
Nem CBA (Centro de Biotecnologia da Amazônia), nem BR-319, ou seja, continuamos isolados do Brasil e com a entidade que pode acelerar o aproveitamento da nossa biodiversidade travada.
Com tanto satélite rastreando nosso espaço, já com tecnologias suficientes para identificar queimadas em qualquer lugar, inclusive corretamente multando os infratores, o que falta para asfaltar a BR-319 e usar esses satélites para identificar quem está ferindo o código florestal?
Vimos o que aconteceu com as carretas que traziam tubos de oxigênio na pandemia (ficaram atoladas na lama), sabemos que o IBGE mostrou, em 2018, que metade do Amazonas está na pobreza, conhecemos a nossa baixa per capita e a subnutrição no Estado, em especial em Parintins.
É assim que é tratada a população que preservou essa floresta ao mundo? Sem estrada e com o bolsa floresta que não deveria existir em razão da miséria de valor que paga ao caboclo. E a imagem que esse valor absurdo de baixo passa ao mundo?
Ainda não perceberam que esse valor baixo desse programa, criado anos atrás, não bate com a importância que o mundo dá à nossa floresta? Ainda não perceberam que esse valor baixo é para captar mais recursos financeiros nacional e internacional? Recursos esses que não chegaram na ponta, no caboclo, e por isso a miséria no interior o tráfico de drogas. Consultorias e reuniões não enchem barriga de ninguém.
Volto a defender, o recurso nacional e internacional deve ser direto no CPF de quem preservou a floresta, sem intermediário, sem ONG. Os governos estadual e federal já têm o CPF dessa população. É pagar direto pelos serviços ambientais que prestam ao mundo. Se nem os Pronafs agroecológicos andam por aqui, pra que mais reuniões e consultorias. Peguem esses recursos financeiros e adicionem no preço mínimo da PGPMBio que só cobre o custo de produção. Peguem esse dinheiro e repassem para a Conab cobrir a diferença entre a sacaria biodegradável e a de plástico para usar no estoque público de alimentos. Peguem esse dinheiro e vamos despoluir os igarapés de Manaus. Peguem esse dinheiro e construam em cada município do Amazonas a casa do produtor rural com acesso a boa internet. Peguem esse dinheiro e adicione ao Garantia Safra, ao PGPFAF, ao PAA, Pnae e Preme (esse último só após ajustes), agricultura urbana, desperdício de alimentos (programa criado no governo Wilson Lima) etc. Tudo via governos, e não ONGs.
Já tem política suficiente com a nossa cara, só vamos criar outras depois de implementarmos as que já existem. Chega de consultorias e de reuniões.
Chega de enrolação com quem tem FOME!