21 de dezembro de 2024

O desenvolvimento regional endógeno e o Amazonas – I

The Brazilian Amazon is property of Brazil ! Sendo assim, o Estado do Amazonas não somente possui os fatores necessários a projetos que possibilite a arquitetura de ‘modelos ou matrizes’, como gostam alguns políticos e demais argumentistas, de DER (Desenvolvimento Econômico Regional) do tipo endógeno, observando algumas variáveis contidas na Ciência da Economia, no ramo do Desenvolvimento Econômico, pois se projetos de DER endógeno fossem simples de se elaborar e executar, os governos que se locupletaram e embotaram suas mentes com os resultados econômicos positivos do projeto ZFM/PIM, nesses últimos 54 anos no Amazonas já teriam realizado, ou foram todos incompetentes? Nenhum daqueles políticos que passaram no Governo do Amazonas, chegaram a tentar algum programa ou projeto de DER, podem até terem feito outras coisas, mas não DER endógeno. Faltou comprometimento com o futuro dessa região e com seu POVO. Diante de tamanha riqueza de sua biodiversidade e da riqueza colossal de seu subsolo, cabe fazer frente e domínio desses projetos para DER (por aqui no Amazonas com urgência, haja vista, que os graves ataques à ZFM/PIM fragilizam e expõem a economia estadual demonstrando suas fraquezas) com os conhecimentos científicos e tecnológicos levando sempre em consideração os conhecimentos tradicionais dos povos nativos. Para os economistas pesquisadores do CEA (Clube de Economia da Amazônia) sempre ficou claro que o entendimento de um processo de crescimento econômico ou a saída de um status de estagnação econômica, como se encontram a maioria dos municípios do Amazonas, é a busca de desenvolvimento econômico regional que transforme as atividades da economia tradicional para uma economia moderna, com mudanças na estrutura socioeconômica com conhecimentos científicos e tecnológicos inovativos que possam criar externalidades naquela economia local. Os políticos que passaram no Governo do Amazonas, nesses 54 anos de ZFM/PIM, sempre tiveram discursos com promessas que fariam fomentar e espraiar o crescimento e desenvolvimento econômico para o interior do Estado, como atualmente continuam fazendo, inclusive em defesa do modelo ZFM/PIM que sofre graves ataques, transformando-o em “cavalo de batalha”, como palanque político. Os municípios amazonenses são de pequeno portes, conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), os quais basicamente sobrevivem das transferências de Fundos Federais e do Estado e de parcos recursos próprios. Portanto, os municípios são os locus próprios para o desenvolvimento local endógeno, os quais em seus territórios possuem os Recursos Naturais, como potenciais econômicos para processos nos quais o crescimento econômico objetive a criação e possibilidade de geração de valor sobre a produção regional e na retenção de excedentes econômicos gerados na economia local. Sem embargo de outras abordagens, programas e projetos para DER endógeno, como recomendam o pessoal do CEA, não podem ser decisões açodadas de governo (como certo governo que queria fazer tanque escavado em todos os municípios para criar peixe) com intenção de alcançar o desenvolvimento, antes de identificar o perfil econômico do território de cada município, cada sub-região possui suas desigualdades, o quê influencia suas necessidades e oportunidades. Os fatores determinantes dos próprios recursos locais induzem à modalidade de DER endógeno sobre as possibilidades de desenvolvimento a partir da utilização dos potenciais –naturais, econômicos, capital natural de recursos humanos (mão de obra qualificada ou não), e socioculturais, internos de um município, se juntando ao viés econômico, a estrutura produtiva, a capacidade de gerar inovação tecnológica, ao mercado de trabalho, aos recursos Infraestruturais, com as variáveis da gestão local. O pessoal do CEA conceitua como um marco mais amplo no qual se insere processos de DER do  tipo endógeno à lógica do mercado e da eficiência econômica. No desenvolvimento econômico regional do tipo endógeno a sociedade é a grande beneficiária do modelo ou matriz, com usos competentes, capazes de produzir resultados econômicos positivos, novas culturas, costumes e técnicas alternativas para um efetivo desenvolvimento regional local, levando em consideração o patrimônio natural utilizando-o sem destruí-lo

Nilson Pimentel

Economista, Engenheiro, Administrador, Mestre em Economia, Doutor em Economia, Pesquisador, Consultor Empresarial e Professor Universitário: [email protected]

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