Analisando o mundo como algo sistêmico, intocável e sendo o universo, podemos observar a beleza e a perfeição existente em todos os sentidos. A partir da inclusão das pessoas neste cenário começamos a observar o início de uma grande complexidade e vários problemas e conflitos com, às vezes, desinteresse total pelo equilíbrio existente. A tendência ao mal ou pensar somente em si, passa a ser a maior preocupação dos envolvidos, devido à necessidade de busca da felicidade e do sucesso individual. Aqui se inicia nosso grande problema, necessitando inclusive de articulações, muitas vezes, administradas como tendenciosas e voltadas para mentiras e “conchavos”. Muitas das estratégias utilizadas para a sobrevivência trazem recheadas situações de leviandades desnecessárias, todavia, real e preocupante. O pior é que tal situação ocorre dentro dos lares, das escolas, dos partidos políticos, das associações, das igrejas, das Ongs, de nossas empresas, enfim de organizações em geral. Agora o pós coronavírus está nos fazendo caminhar obrigatoriamente no caminho inverso e mesmo assim ainda vemos muitos com seus individualismos crescente e muitas vezes exagerados.
Os conflitos sempre existirão e precisamos conviver com isto de certo modo naturalmente, pois, assim nos traz crescimento pessoal e profissional. As estratégias necessárias para fazermos o sistema funcionar não podem ser criadas já com a certeza da existência do conflito durante sua utilização. Todos devem perceber e buscar o melhor equilíbrio nos momentos de decisões. Precisamos nos conscientizar devido sermos responsáveis também pela felicidade das pessoas, de nossos funcionários/colaboradores, de nossa família, de nossa comunidade e até de nós mesmos. Muito precisa ser realizado para evitarmos transtornos em nosso dia e pouco é feito de fato para melhorarmos nossa convivência.
Estamos presenciando a individualidade prevalecendo na maioria das tomadas de decisões, fazendo e criando grandes desastres de difícil correção. Pois, enquanto o individual prevalecer sobre o coletivo estaremos sempre vivenciando misérias, pandemias, “conchavos”, fraudes, mentiras, desrespeito às pessoas e aos profissionais e ainda pior o afastamento da humanidade do sentimento de amor ao próximo e a si mesmo. Vivemos em um mundo real que nos deixa transtornados com ações de alguns políticos, empresários, empresas, gestores e até nos mesmo virando um simples “robô” desrespeitando a tudo e a todos na busca da tão sonhada felicidade que dificilmente encontramos para desfrutá-la. Vivemos momentos de ilusão sonhando com felicidades que dificilmente virão do modo individualmente procurado. E quando conseguimos a tal felicidade buscada percebemos, muitas vezes, a falta de alguém para compartilhá-la, trazendo de volta, com isso a infelicidade passando, assim, a fazer parte de nossa vida com mais força e prejuízos incalculáveis.
Certamente, não é fácil vivermos no mundo real e é até mais cômodo criarmos e vivermos em um mundo ilusório, pois, o desinteresse pela felicidade dos outros nos leva a um grau de frieza humana incontestável e responsável pelo aumento das dificuldades em todos os sentidos. Somos seres movidos, também, por emoção e precisamos saber criar e administrar a razão em nossos procedimentos e decisões. A mentira deve ser substituída pela verdade e pelo bom senso, o erro deve ser assumido e desta forma poderemos criar um melhor equilíbrio e estaremos respeitando todos os envolvidos no processo. As articulações devem ser feitas desde que possam beneficiar a coletividade e não seja algo imoral e desrespeitoso, muito menos estritamente individual. As estratégias serão sempre bem elaboradas a partir do momento que possamos reduzir e até eliminar os conflitos e criarmos condições para analisarmos e fazermos acontecer algo de bom e relativamente voltado ao todo, ao coletivo, às organizações em um âmbito da busca da verdade para convivermos no mundo real podendo até criar algumas fantasias para nós, desde que, não prejudiquemos outras pessoas e profissionais.
Vamos refletir sobre isto?
Flávio Guimarães é Mestre em Engenharia de Processos pela UFPA, Diretor da Guimarães Consultoria e Treinamento Empresarial Ltda., Diretor de Educação da ABRH, Administrador de Empresas, Especialista em Empresas Públicas e Privadas, Pós Graduado em Gestão Estratégica de Negócios, Consultor Empresarial, Pós Graduado MBA Gestão e Docência do Ensino Superior, Professor Universitário (Estácio Amazonas), articulista do Jornal do Commercio e da Amazon Play TV digital e Coordenador de MBA Executivo e dos Cursos de Logística, Qualidade e Recursos Humanos e do LPG – Laboratório de Práticas em Gestão da Faculdade Estácio do Amazonas.
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Jornal do Commercio de 14.05.2024.