Uma das principais mazelas da sociedade hoje em dia é a violência. E essa questão é algo que prejudica a vida e a integridade das pessoas nos mais diversos aspectos. A definição de violência se faz necessária para uma maior compreensão deste mal no âmbito escolar também. E infelizmente temos visto nos últimos dias a intensificação deste problema em um ambiente onde o que deve reinar é o civismo e o conhecimento. Ao longo da história, temos visto o avanço da violência nas grandes cidades e a proliferação de questões que trazem à tona um problema estrutural, resultante da omissão do Estado há décadas, trazendo ao Brasil um cenário aterrador nesta área, onde o que tem imperado é a ilegalidade. A violência tende a dominar especialmente os lugares em que o Poder Público não chega. O mais triste disso tudo é ver crianças e jovens sendo cooptados para o mundo do crime em uma proporção assustadora. É um problema conhecido por todos, mas que não teve ainda uma resposta suficiente das nossas autoridades ao longo do tempo.
Em 7 de abril foi comemorado o Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola. E o nosso País tem enfrentado dias difíceis no que concerne a ataques e ameaças no âmbito das instituições de ensino e de centros de educação infantil como nunca vistos antes, inclusive em nosso Estado, Amazonas. São muitos os fatores que poderíamos abordar, mas é necessário que entendamos que a ausência de base no lar (algo que independe de condição socioeconômica ou de instrução) é preponderante para agigantar esta situação lamentável. A ausência de limites e de acompanhamento na educação dos menores também estão entre as razões que podem levar uma criança ou um jovem a se influenciar por aquilo que não deve e a refletir este comportamento em seu ambiente social.
A violência não tem apenas um aspecto, mas vários, como por exemplo aquela que é contra o patrimônio – praticada contra a parte física da escola. Tem a violência doméstica – feita por familiares ou pessoas ligadas diretamente ao convívio diário do menor. A violência corresponde ao uso intencional da força ou poder em forma de ameaça, podendo ser contra si mesmo ou outra pessoa, grupo ou comunidade. A Organização Mundial da Saúde (OMS) fala que dentre as consequências de ações ou ameaças violentas estão os prejuízos físicos, as mortes e os males psíquicos e comportamentais.
Apesar de sabermos que ainda há muito o que melhorar no ambiente de ensino, a escola é o lugar de preparação cidadã e intelectual, e precisa continuar a ser sinônimo de segurança, de proteção e de estabilidade. A escalada de violência no ambiente estudantil tem trazido à discussão um perigo iminente e uma situação que pode sair do controle, caso não tenhamos as respostas necessárias e imediatas do poder público constituído.
Mais do que nunca o nosso Brasil necessita de um projeto de país para a educação, envolvendo as autoridades de todas as esferas, a sociedade civil e os cidadãos em geral, para que haja efetivamente o combate à violência e ao crime organizado, ao mesmo tempo em que se invista na assistência social, no esporte, na saúde e na oportunização de uma educação de qualidade para todos. Isso é algo que se impõe e é plenamente realizável, apesar de ser um processo longo, contínuo e desafiador, especialmente pela omissão de muitos anos. Mas agora é hora de olhar para frente, aprendendo com os erros do passado e do presente e preparando o futuro.
Finalizo este artigo conclamando a todos para que oremos a DEUS, pedindo por nossas crianças e por nossos jovens, para que os proteja e os guarde, assim como a todos os seus familiares também. Que clamemos a ELE para que ilumine e dê comprometimento e sabedoria a todas as autoridades e aos pais no Brasil, para que venham fazer aquilo que lhes cabe no processo de formação dos cidadãos, que representam o futuro da nossa nação. Só assim poderemos virar essa página e viver uma nova realidade.