Quando eu converso com gestores, de modo geral, todos buscam ter uma equipe engajada com os resultados e são entusiasmados com as inúmeras possibilidades de obter mais e mais resultados.
A busca por times de alta performance é unanime e os motivos são óbvios.
Tenho visto que não são as pessoas mais talentosas que conquistam este feito, mas os que se integram melhor aos objetivos e conseguem compartilhar com a equipe.
A pergunta é se você, como líder, tem se empenhado para construir este time que conquista uma rotina diária de disciplina da execução que se transformará em um excelente desempenho mensal?
É este desempenho consistente que se transforma em alta performance.
Perceba que por si só isto já representa um grande poder, mas pense ainda:
1 – Pessoas competentes querem fazer parte de um time vitorioso.
2 – Ter performance aumenta o moral da equipe gerando mais entusiasmo para fazer mais.
3 – São ampliados os elementos reais de lidar com adversidades, obstáculos, tornando o time mais obstinado por realização.
4 – Aprendem a romper limites e barreiras antes percebidas como intransponíveis.
5 – A cada nível reforça e aumenta as crenças de possibilidades, capacidades, identidade e merecimento de todos da equipe.
6 – Fortalece a habilidade de lidar com o erro e vencer as frustrações inevitáveis no decorrer do processo.
7 – Expande a capacidade de pensar formas diferentes, criativas e inovadoras.
8 – Separa rapidamente os que realmente querem gerar esforço para realização dos que não estão dispostos a sacrifícios temporários para ganhos a longo prazo.
9 – Coloca na posição de protagonista, aumentando o accountability.
10 – Evidencia na prática as habilidades pessoais e as fortalezas do time, diminuindo as dificuldades e aumentando as possibilidades.
Agora, poucos líderes estão realmente dispostos a fazer a sua parte para conquistar o poder da alta performance do time, pois para isto precisam ser lideranças motivadas que inspiram a fazer entregas de qualidade, de maneira ágil e eficiente. E nem todos estão dispostos a percorrer o próprio caminho do aprendizado e evolução.
Muitos são os que ainda querem agir com comando e controle, tantos são os outros que ainda buscam impor o respeito e a confiança, e tantos são os que acreditam que com ameaças e coação conseguirão tais resultados.
Alguma coisa, até conseguem, mas a alta performance é conquistada com credibilidade, lealdade, senso de propósito e uma dose extra de paixão. E para nenhum destes será possível comprar, exigir ou obrigar.
Claramente é possível perceber que a equipe se baseia no comportamento do líder que, com hard skills e principalmente soft skills sabe conduzir e otimizar os processos na mesma medida que consegue inspirar e influenciar pessoas.
É uma liderança que além de qualificada para estimular e engajar seu time, consegue alinhar as necessidades dos colaboradores aos objetivos da empresa para que todos encontrem motivos para fazer mais e melhor o que já fazem com a motivação de aprender sempre.
Nesta visão não me sai da mente a frase do ex-jogador e treinador brasileiro de voleibol Bernandinho que diz que a vontade de se preparar tem que ser maior que a vontade de vencer.
É preciso conseguir impulsionar o crescimento e desenvolvimento individual, oferecendo vantagens significativas para a empresa e para o time para que as forças não estejam opostas e possam unir-se em estratégia ganha-ganha e assim de modo colaborativo, diferentes perfis se unam para compartilhar ideias em prol de um mesmo objetivo.
Não é mesmo uma tarefa fácil, até por isto, muitos conseguem desempenhos regulares, mas a alta performance ainda é para os poucos dispostos a fazer o que a maioria não está.
Tenho percebido algumas características comuns destes líderes com poder de gerar alta performance e posso citá-los:
• Acreditam no capital humano e no quanto as pessoas são responsáveis pelo sucesso de uma empresa;
• Oportunizam o desenvolvimento para gerar autonomia para que as pessoas solucionem situações simples e complexas com agilidade e presteza;
• Atuam para que a marca seja estruturada e forte ganhando notoriedade por sua capacidade competitiva e atraia os melhores profissionais para o grupo;
• Elaboram um planejamento estratégico e têm uma execução eficiente das ações;
• Conhecem bem seus colaboradores, além das forças e fraquezas para somar os esforços coletivos;
• Otimizam os processos e execução adequada das ações estratégicas, articulando da melhor maneira possível com meios e recursos;
• Promovem uma comunicação clara e estão sempre atentos para realização de feedback;
• São excelentes em contratar, integrar, treinar, avaliar e lidar com as ações reais de gestão de pessoas.
Fica evidente que a alta performance acontece pela ação com maestria e encorajadora da liderança, e se fortalece verdadeiramente pelo encontro de pessoas com suas aptidões individuais, e se destacam quando todos ajudam uns aos outros.
É o encontro entre a organização exata, sistema de gestão condizente, estilo de liderança congruente, pessoas aptas e disposta a apoiarem e serem apoiadas por todos que desenvolvem a missão. Neste último aspecto se fala que para times de alta performance missão dada é missão cumprida ou ainda, não pergunte se somos capazes, dê-nos a missão. Quer poder maior que este?
O poder de assumir a responsabilidade de fazer o que precisa ser feito sem que as pessoas entrem em sofrimento pela árdua realização e nem o negócio pague com o custo altíssimo em cada entrega realizada.
Vamos construir times de alta performance?
Para entregar este artigo com uma reflexão pessoal, repetiria as palavras de Ronald Reagan: Se não nós, quem? Se não agora, quando?
Cintia Lima
Psicóloga, Mentora de Líderes e Master Coach
@oficial.cintialima