6 de outubro de 2024

O que revela a macroeconomia atual do Brasil

Nilson Pimentel (*)

Brazil is doing better than other economies – Unlike most countries, Brazil is going through a period of economic stability, with no prospect of retraction for 2023. The next government will have a good base to start with, it will just have to know how to take advantage of it. Different pace from the rest of the world, but it is surprising that the Brazilian economy is suddenly being seen in a positive light in recent weeks. Bloomberg, Financial Times – all brought, in the last few days, texts full of praise about the strength of Brazil in comparison with the rest of the world. Because, in fact, the economic cycle of the largest economy in Latin America is moving in a different way than in the rest of the world economy. While a third of the world’s countries will enter recession in 2023, accompanied by rising inflation, Brazil is already well along the path of stabilization. In Brazil, inflation is already falling because the Central Bank reacted early, raising interest rates. As a result, the interest rate cycle in Brazil is more advanced than in industrialized and other emerging countries. At the end of the year, inflation could reach 6.5%. This is little for a country with a history of high inflation, such as Brazil, and also little in the current global comparison. The faster the Central Bank cuts interest rates again, the faster investment and consumption will grow. Brazil therefore has good requirements to experience a resumption of the conjuncture before Europe and the United States.

Nos tempos atuais no Brasil e no mundo se vive tempos de incertezas, notadamente no Brasil, onde há expectativas de mudanças no regime político econômico, passando de liberal na economia e à populista socialista no político. O mundo atravessa um período de transformações em suas estratégias geopolíticas, na política, na economia e nos modos de produção capitalista, até então. Sem embargo de outras conotações ou interpretações político-ideológicas está se alastrando de modo significativo, com prevalência as ideias globalista, socialista-populista ditas “progressistas” comunistas, o que pode levar o mundo ao espectro de outra formulação do capitalismo ou ao capitalismo social, ou onde não mais se terá os mecanismos de geração de riquezas, mas uma classe social de consumo de bens sociais necessários à sobrevivência humana, uma vez que o ESTADO não tem capacidade de gerar riquezas. Como já experimentado e comprovado em diversas regiões do mundo. O globalismo socialista comunista é apontado como uma consistência desagregadora para governar a sociedade mundial, tendo um núcleo central mundial de trilhardários. Como questionam os economistas pesquisadores do CEA (Clube de Economia da Amazônia) a sociedade brasileira precisa acordar para a realidade dura e crua de um mundo onde o totalitarismo avança e a liberdade recua, estaremos condenados a viver uma distopia onde não adiantará mais fechar os olhos nem gritar impropérios contra aqueles que detêm o poder. É o mundo em transformação! Conforme dispõe Flávio Gordon ”A história de como ele veio à luz, é representativa do atual contexto, brasileiro e mundial, de agressão generalizada às liberdades individuais mais elementares numa democracia, notadamente a liberdade de expressão”. Como todos sabem, a Política Econômica do Brasil é comandada pelo Banco Central que controla a economia por intermédio do COPOM (Comitê de Política Monetária) o qual se reúne a cada 45 dias, para acompanhar o desempenho da Economia através do estabelecimento da taxa básica de juros – a SELIC – (Sistema Especial de Liquidação e Custódia), sendo que é obtida a partir da média ponderada dos juros praticados nas operações de empréstimos entre bancos que são lastreadas em títulos públicos e tem um dia útil de prazo, ela é a referência para os demais juros da economia (compras de consumo das famílias e investimentos empresariais e pessoais). A taxa SELIC (13,75% a.a) auxilia a controlar a inflação, pois reflete nos preços em geral, encarecendo o crédito e estimulando a poupança, reduzindo o consumo de bens da sociedade. Sendo que a Selic Meta é a principal taxa de juros da economia, responsável por regular todas as outras taxas do país, se a Selic Meta sobe, isso significa que aumentou o custo do dinheiro, o que desestimula os investimentos e influencia de forma negativa na geração de empregos e outras variáveis econômicas. Com o panorama econômico mundial piorando nesse final de 2022, com inflação em alta, elevação de juros e desaquecimento das atividades econômicas em todas as regiões, notadamente no hemisfério norte com a chegada do inverno e continuação da guerra na Ucrânia e os graves problemas de abastecimento de energia. Por aqui no Brasil, está um pouco melhor, sob uma política monetária apertada (veja a taxa SELIC), mesmo assim, houve crescimento nas atividades econômicas e queda da inflação IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 5,9% – menor que a taxa nos Estados Unidos), assim como na queda do desemprego (8,9%, taxa menor que nos últimos dez anos) provocando crescimento na massa salarial, apresentando um melhor quadro no mercado de trabalho. A Balança Comercial apresentou um superávit de US$ 60,02 bilhões, com crescimento de 1,8%, e a conta corrente de comércio registrou aumento de 22,2%, atingindo US$ 587,06 bilhões. Segundo os dados do Dimac/IPEA, o PIB (Produto Interno Bruto é o somatório de todos os bens e serviços produzidos no país em determinado espaço de tempos) deverá apresentar em 2022 uma taxa de crescimento entre 3,0 a 3,5%. O ministro da Economia que sai, Paulo Guedes reiterou “que o Brasil é hoje um “porto seguro” na economia global”. “Já temos uma plataforma de lançamento pronta”, afirmou ele, “destacando a atratividade para investimentos exercida pelo país alicerçada na abertura da economia, na melhoria do ambiente de negócios e nas possibilidades oferecidas por uma matriz energética limpa e diversificada”.  Segundo Guedes “A agilidade brasileira de reação aos impactos econômicos provocados pela Covid-19, com medidas nas frentes monetária e fiscal, permitiram que hoje o país esteja em crescimento, em contraste à desaceleração vista em grandes economias globais. “Conforme explicou o estoque de investimentos privados já contratados – somam mais de US$ 200 bilhões nos próximos 10 anos – assegura a manutenção do ritmo de expansão brasileira”. Ele advertiu que a atração de investidores somente foi possível devido às mudanças regulatórias realizadas em setores como infraestrutura e energia. O ministro pontuou que a convergência brasileira para as melhores práticas, como parte do processo de adesão à OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), está alinhada à agenda de reformas, com o objetivo de melhorar o ambiente de negócios. O Brasil apoia fortemente as discussões na OCDE, inclusive para abordagens de mitigação da emissão de carbono”. E, por aqui, a SUFRAMA (Superintendência da Zona Franca de Manaus) obteve resultados significativos em 2022, com o principal projeto da Amazônia – PIM (Polo Industrial de Manaus), principal força motriz da economia da região, com números que demonstram que a indústria local se mantem aquecida e com capacidade crescente e elevada de atração de investimentos. No ano que finda, a SUFRAMA estima que o faturamento total seja de aproximadamente R$ 175 bilhões, o que marcará um novo recorde de faturamento da Zona Franca de Manaus. Com destaque para média mensal na geração de empregos de 108.646 diretos, temporários e terceirizados. Outro item favorável para o PIM foi aprovação de 201 projetos industriais e de serviços, que projetam investimentos da ordem de R$ 6 bilhões e a geração de 9.776 novos empregos no Polo industrial de Manaus ao longo dos próximos três anos. A SUFRAMA pontuou com importante iniciativa, buscando a discussão de temas estratégicos e a construção de cenários para o futuro da Amazônia a médio e longo prazo: o projeto “Amazônia 2040: cenários prospectivos e agenda estratégica para o Desenvolvimento”. E o projeto “Suframa nas Escolas”, em função das comemorações aos 55 anos da ZFM (Zona Franca de Manaus), contemplou 1.253 alunos finalistas do ensino médio de 11 escolas públicas da capital com palestras de conscientização sobre a importância do modelo ZFM e de seus benefícios socioeconômicos, tecnológicos e ambientais para a Amazônia e para o Brasil. Então, é esse o Brasil que será entregue ao novo governo que inicia em janeiro de 2023, mas que já sinaliza a desestruturação da economia brasileira com a aprovação da PEC (Projeto de Emenda Constitucional) Fura Teto da Responsabilidade Fiscal como nova âncora fiscal no Sistema de Contas Públicas do Brasil.(*) Economista, Engenheiro, Administrador, Mestre em Economia, Doutor em Economia, Pesquisador Sênior, Consultor Empresarial e Professor Universitário: [email protected]

Nilson Pimentel

Economista, Engenheiro, Administrador, Mestre em Economia, Doutor em Economia, Pesquisador, Consultor Empresarial e Professor Universitário: [email protected]

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