É desaconselhável viver pensando e falando sobre doenças, principalmente quando atinge parentes próximos. A luta pela sobrevivência é um instinto natural do homem, contudo devido às fragilidades do organismo e da natureza humana, nem tudo se combate em um tempo certo — o que leva a doença a uma situação crítica, após ser diagnosticada. A prevenção, neste aspecto, gera a conscientização de um novo “modus vivendi” que influencia os hábitos diários impactando positivamente o comportamento — a superação é o objetivo a ser buscado.
Infelizmente, essa realidade é diferente do que se vê nos consultórios médicos, em que o paciente somente aparece quando sente dor insuportável, além do costume corriqueiro da automedicação. Por isso, o diagnóstico precoce pode salvar vidas ou prolongá-las, eis que permite a adoção de terapias efetivas. Dentre as possíveis causas das doenças temos os fatores externos, tais como o consumo de cigarro, álcool, exposição a produtos químicos e radioativos, vírus etc. E, temos os fatores internos: hormônios, predisposição genética e sistema imunológico enfraquecido etc. Estes fatores podem conduzir ao surgimento do câncer ou outras doenças menos agressivas (perda parcial de movimento ou da visão etc.).
Na verdade, todos têm o dever de evitar a obesidade; exposição excessiva ao sol, maus hábitos alimentares, sedentarismo entre outras coisas. As regras para viver mais são bem claras: fazer consultas médicas regulares, realização de check-up anual programado, principalmente após os sessenta anos — há os que recomendam repetir alguns exames a cada seis meses.
Envelhecer bem inclui cumprir os horários das principais refeições e a constante prática de exercícios físicos. Assim a expectativa de vida não dependerá do rígido controle da pressão arterial, servindo também para o controle do açúcar no sangue — duas situações adversas que são adquiridas com a idade e as negligências de comportamento — podendo levar a situações mais complicadas.
Sejamos um pouco mais tolerantes no dia a dia, buscando na compreensão a verdadeira imagem de bem gerir as adversidades; sobretudo nos tempos atuais em que a chamada “era da inclusão” atinge a todos e em todos os sentidos. A vida parece ser curta e nem sempre é justa. Procure desfrutá-la e aprenda a perdoar. A vida sempre ensina. Você pode discordar, mas nunca deixe de amar.
Manaus/AM, 14 de fevereiro de 2023
JOSÉ ALFREDO FERREIRA DE ANDRADE
Ex- Conselheiro Federal da OAB/AM nos Triênios 2001/2003 e 2007/2009 – OAB/AM