O ministro Fernando Haddad volta e meia se manifesta simpático à criação do imposto sobre o que denominam de “grande fortuna”. Raciocínio em linha com três deputados do PSOL, Luciana Genro, Chico Alencar e Ivan Valente, autores de projetos em tramitação no Congresso Nacional. Também andam atentos a tributar mais doações e herança. Haddad chegou a declarar em entrevista que não é justo “alguém herdar um apartamento apenas por ser herdeiro”.
As classes médias estão demorando a entender que está em marcha um projeto socializante perigoso para a economia nacional, que pode nos levar a fuga de capitais, transferência de domicílio fiscal e desestímulos ao investimento gerador de emprego e renda. A receita que nunca deu certo em nenhum país do mundo.
Querem combater a desigualdade de maneira equivocada. O natural e de bom senso seria diminuir o tamanho do Estado, ter menos funcionários, estimular investimento e melhorar a qualidade da mão de obra nacional. Nada mais gratificante do que gerar empregos com bons salários, que naturalmente pedem mão de obra qualificada. Nossa produtividade na indústria trava ganhos salariais, que estão bem abaixo dos de países com os quais concorremos.
O Brasil perdeu espaço na qualidade, produtividade de sua indústria pela alta carga fiscal. Multinacional só investe para o mercado interno que temos. A presença dos impostos em nosso PIB é bem superior até do que o de nossos parceiros nos BRICS.
O noticiário tem revelado nas ações policiais contra a corrupção, crime organizado, fraudes de toda espécie, a preferência dos infratores em automóveis de valor superior a um milhão de reais, alguns a mais de dois milhões. Estes veículos são vendidos em São Paulo em meia dúzia de concessionárias e muitas na mesma avenida na região dos Jardins. A presença de uma fiscalização atenta aos compradores, valor de notas fiscais, poderia ser ação preventiva de grande valia.
A esquerda finge não saber que mais impostos e mais burocracia penaliza os mais necessitados, os mais vulneráveis. Já é significativo o número de ricaços com domicílio fora do país. Miami, Lisboa, Montevideo e Nova York estão com milhares de brasileiros com grandes volumes aplicados fora do país, muitos declarados e outros já fora do alcance da Receita por terem outro domicílio para fins de tributação. Configura demagogia ou ignorância atirar contra ricos e atingir os mais pobres.
As informações sobre os brasileiros que estão levando para fora suas poupanças são públicas. A Argentina está procurando atrair o dinheiro que está fora e não estimulando a fuga ou transferência.
Pior cego é o que não quer ver!