22 de novembro de 2024

Outubro dos anos pares, na carona do Buarque

O que será que me dá

Quando eu voto querendo que vá melhorar

Quando eu voto pensando que eu vou acertar

Quando eu voto e acredito que agora vai dar

Prá que a vida que eu levo não me faça chorar

Prá que eu veja o meu filho e o teu filho crescer

Prá que eu possa um sorriso enfim lhes prometer

O que será que eu preciso de uma vez aprender

Prá que eu possa afinal evitar eleger

Os que não tem juízo.

Porque será que eu não tenho

Os meus sonhos e as coisas que me prometeram

Será que me usaram, me fizeram palhaço

Será que me conhecem de outros carnavais

Será que acreditam que eu não mudo jamais

Que eu sou mesmo um idiota e sou só um voto a mais

Até que os meus unguentos e toda alquimia

Me transformem no dono desta sinfonia

Que os outubros dos pares e a sabedoria

Acabem de vez com esta minha agonia

Que eu acredite que tenho uma cidadania

Que ela me brote a flor da pele.

 

(*) Amazonólogo, MSc em Sociedade e Cultura da Amazônia – UFAM, Economista, Contabilista, Professor de Pós-Graduação e Consultor de empresas

Juarez Baldoino da Costa

Amazonólogo, MSc em Sociedade e Cultura da Amazônia – UFAM, Economista, Professor de Pós- Graduação e Consultor de empresas especializado em ZFM.

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