Andar pelo caminho da espiritualidade é, pois, obedecer às leis naturais estabelecidas para a evolução do espírito, é pôr em prática, em cada instante, os atos que se impõe pela sua natureza lubrificante, moralizadora e construtiva. Todo ser humano normal tem consciência do bem e do mal, do justo e do injusto, do que é correto e do incorreto. Há uma linha de separação entre os dois procedimentos, e ninguém vem ao mundo operar o progresso espiritual que não saiba distinguir, com os recursos próprios, a diferença destoante entre um caminho e o outro. No animal irracional essa consciência não está devidamente despertada, mas, no ser humano, ela está presente desde a primeira encarnação do espírito. A Parcela da Inteligência Universal então se emancipa e assume a responsabilidade do governo próprio, ou seja, a faculdade do uso do livre-árbitrio, da qual não poderia fazer emprego acertado se não tivesse a consciência adequada e suficientemente despertada. Se assim fosse, poder-se-ia admitir uma falha no planejamento da administração do astral superior, o que seria um absurdo.
Jamil Merched Chaar.