Pioneira da esperança e oração

Em: 11 de março de 2025

Sempre que em nossas virtudes teologais surgiam a Fé, a Caridade (Amor) e a Esperança… Essa sempre configurava-se como o último recurso para alcançar um objetivo. Mas, a Esperança sempre foi ditada em letras maiúsculas. Desde a Bíblia até os dias contemporâneos. Um grande recurso dos povos escravizados ou acometidos por desgraças e epidemias. Não sabem ainda, que ESPERANÇA (simbolizada) por uma âncora, significa o porto seguro? Para ser como Maria, a pioneira da Grande Esperança é preciso ter sido a primeira a receber o fogo do Espírito Santo em seu ventre. O fogo deu-lhe o entusiasmo, a coragem a lhe ardero sangue e dizer o SIM enviado pelo Pai. Que lhe deu a decisão de visitar sua prima Izabel a ajudá-la em sua gravidez tardia. No prefácio do livro que fiz a D. Luiz Soares Vieira intitulado: “Já é tempo de pensar”, Diversos estudos da renomada revista Science descobriram algo extraordinário! O coração tem neurônios. Milhares de neurônios idênticos aos do cérebro 60% a 65% das células do coração são células nervosas e funcionam exatamente como as cerebrais. Supervisionam, controlam os processos do organismo. E influindo nas estruturas cognitivas do cérebro. Ou seja, nós pensamos também com o coração. O coração de menino Jesus é todo de fonte de sangue que fez transbordar em Maria o brilho no seu olhar e sorriso. É a Fé. A Caridade. E a Grande Esperança. No entanto, passaram-se gerações despreocupadas, com a egolatria no bolso. A competitividade de quem sai na melhor postagem de Punta del Este, Cancún…Aruba ou de quem adquiria o menor preço de objetos em Miami. Preços acessíveis e aqui em Manaus a revenda a preços exorbitantes…Esquecemo-nos do Principal. Que a lição de Jesus estava a caminho… As demoras de Deus. A sua Semana Santa, não era mais respeitada. Era motivo apenas de feriados do ócio, prazeres… E veio a pandemia de um vírus perigoso. De que adianta ter dinheiro para não gastar e não poder usá-lo para obter a saúde? Drummond diria: “Grande é a diferença entre a literatura e dinheiro em espécie. Queimar o dinheiro sobram apenas as cinzas. Mas, a literatura, ninguém rouba a memória”. Diz: Vou embora para Passárgada.. No momento é tempo de Metanoia. De mudanças de comportamento. Tempo de normose. Significando casais com grande família em formações hoje só eles ali morando (mortes, viagens para exterior, casamento) que o amor pode transforma-se em perigo iminente. Exemplificando: É normal, filhos tatuados que nem os adeptos da Yakuza japonesa; É normal, filhos fumarem maconha; É normal, ter filhos só para um desejo fútil só seu; É normal, roubar, mentir, ludibriar, não ser transparente, agressivo, falta de respeito e honestidade, violento,…e crimes. Temos então que amar juntos outras coisas. Foi o que fez a Rainha da Espanha LETÍZIA, rica, mas não partilhava. Resolveram o casal. Lançar o PACTO DE ESTADO é em Amar juntos, outras coisas. Ela lançou-se integrante da Cruz Vermelha internacional, com o projeto seu o PACTO DE ESTADO, isto é, unir os três poderes para ações rápidas, focadas numa necessidade básica do momento. A FOME. Ajudar as crianças da África de hoje subnutridas, morrendo dia a dia mais que o coronavírus. Pelas estatísticas hodiernas. Alçam horizontes largos como as águias dos altos cumes. E nunca rastejam como repteis ao chão. Encontraram o Tratado da Felicidade. Doando tempo, voluntariado e Idéias como a do PACTO DE ESTADOS e UNESCO presente. Assim atingiu a paz. Certo dia perguntaram a Michelangelo, que esculpiu a famosa “Pietá” (piedade) que se encontra na Basílica de São Pedro, porque tinha feito a Mãe de Jesus com as feições bem mais jovens que a do Filho. Ao que ele respondeu:“Porque as almas maternais nunca renunciarão a suas dimensões poéticas e transcendentais. Por isso, permanecem para todo o sempre jovens”. Mas, existe algo muito mais profundo naquele olhar de Mãe que sustenta ao seu colo o corpo inerte e sem vida de Cristo. Os outros que acompanhavam Maria apenas se limitavam, a condoídos a VER e a OLHAR a cena funesta. Na superficialidade do tempo escasso. Mas o olhar de Maria contemplava! “O maior grau do saber é contemplar o porquê” (Sócrates). E ali com Ele nos braços, descobriria a essência de sua morte: COM-TEM-PLA-VA e compreendia-o como compreendia a si mesma. Convertia-se nele. Isso é contemplar. É Compartilhar de sua experiência trágica. Participar de seu mundo. E do silêncio, escutou as verdades supremas de que Ela era agora a Senhora da Cruz e da Esperança! A retirar ressureições das dores da humanidade. Ela era no agora, Senhora da Oração e do Serviço. A intercessora. A Senhora das túnicas inconsúteis. Como aquela que tecia fio a fio, em puro algodão para Jesus. Numa tessitura valiosa. Porque sem emendas. Integrais. Como o reflexo da alma dos puros e inocentes. Ali com o Filho no colo, o rosto jovial, expande o brilho DO SER UNA E INDIVISÍVEL.E propala a contemplação como a verdade intuída. Revelada e descoberta através dos olhos, que como lasers potentes, miram seu interior e revelavam verdades… Olhos sentem. Ali com o Filho exangue ao colo não era mais Pietá. Mas a Senhora de Esperança! Num Mundo de Paz. Da Oração. Da Contemplação só emergem as verdades interiores. Querer viver, é contemplar a vida cara a cara para descobrir a nós mesmos. Transcrito do livro Aparecida de autoria de Carmen Novoa Silva.

CARMEN NOVOA SILVA, é Teóloga e membro da Academia Amazonense de Letras e da Academia Marial do Santuário Nacional de Aparecida-SP

Carmen Novoa

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