A vida parece que deu uma reviravolta para muitas pessoas, senão para todos no último ano. Temos vivido toda ação e todas as consequências de uma pandemia. São impactos em nossa saúde física, saúde emocional, relacionamentos E trabalho. É certo, que algumas pessoas tiveram “ganhos” com o cenário, mas de certo não ficaram isentas em algum ou vários aspectos negativos também. Sendo assim, para todos, histórias de novos começos.
Tantas são os que vivem novos começos. Sejam renovações em seu modo de trabalhar, seja não ter mais um trabalho, ou perdas de pessoas que faziam parte de sua convivência diária, ou tantas outras situações neste período que nos fazem refletir sobre o começar novamente ou começar de novo.
Existem os que estão recomeçando suas rotinas sem a pessoa amada ao lado, sem pais, sem irmãos, sem amigos. Algumas estão recomeçando sem um emprego fixo, outras sem um escritório para ir. Outras estão recomeçando com dores físicas como sequelas do vírus. Muitas são as histórias de: E agora? O que fazer? Como fazer?
Um ponto que vale refletir é que diante dos desafios, das dificuldades e dos obstáculos, que nos percebemos com uma força e com um vigor que nem imaginávamos ter. Existe o momento que nem pensávamos que teríamos força, quando ter força é a única opção. Este tempo, tem sido um convite para construir apesar do medo. Uma porta aberta para avançar apesar de todos os temores. Uma estrada com curvas, descidas e subidas para perceber e exercitar competências escondidas em nós.
É fato, que toda mudança gera insegurança e um certo grau de desconforto, mas este sentimento “estranho” que surge dentro da gente é o primeiro passo para encarar a certeza de que, no fundo, nada é certo e que tudo é mutável. Encarar de frente, respeitando e honrando o passado, mas inspirando-se com o futuro.
Acontece, que muitos de nós sentimos dificuldade em reconhecer um fim de ciclo e perceber que algo acabou. Uma amizade, um status profissional, um comodismo. É a certeza que estamos menos no controle do que pensávamos.
É preciso respirar fundo, resgatar os melhores sentimentos, olhar para frente e acreditar que é possível encontrar novos ares e recomeçar. Neste momento eu só sei o que eu preciso recomeçar e confesso que para alguns aspectos da minha vida, só tenho uma vaga ideia do que precisa ser feito. Faço a você o convite para pensar sobre quais aspectos é preciso que se faça o “novo” e então, recomece.
Tomando esta consciência e assumindo a posição da autorresponsabilidade de ação é possível aproveitar estas perdas ou estas novas oportunidades seguindo com os aprendizados, com os feedbacks e olhar com carinho as possibilidades de fazer diferente. Coloque a lente de que recomeço não é fracasso, ou atraso e avance encarando cada passo a sua frente rumo a tempos melhores para você, para os seus e para todos nós.
É sempre bom lembrar que para sair de onde estamos e seguir em frente, é preciso coragem e ousadia. Coragem que é seguir apesar do medo e ousadia para continuar, mesmo quando se quer parar ou desistir.
Ainda estamos vivendo momentos de dor, mas ainda existe no mundo muitas coisas boas, das quais vale a pena continuar lutando.
Se este texto chegou até você e você leu até aqui, é porque de alguma forma, um desejo de construir uma nova história tem invadido o seu coração e pode começar já. Podemos seguir embalados pelas palavras de Charlie Chaplin para recomeçarmos:
“Lute com determinação, abrace a vida com paixão, perca com classe e vença com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é muito para ser insignificante”.
Vamos juntos recomeçar, e se preciso for, começar de novo quantas vezes forem necessárias.