Os verdadeiros cristãos não desejam o mal ao próximo; pelo contrário, praticam o bem sem olhar a quem. Infelizmente não é o que vimos na política, onde prevalece a farsa, a falta de caráter nas relações interpartidárias e até o sanguinário desejo do mal e da ruina para os adversários, mormente às vésperas de eleições.
Por isso, não será novidade se depararmos com declarações inconvenientes, abusivas e até maledicentes num cenário onde o povo pouco espera de candidatos ávidos pelo poder a qualquer custo. A que título tem Manaus 11 candidatos ao cargo de Prefeito? Embora até possa parecer a escalação de um clube de futebol; o que vimos são concorrentes declarando o óbvio: promessas e a eterna vontade de trabalhar.
Diante de um passado onde a mesmice predominara, urge que o povo hoje mais esclarecido seja abençoado no ato de escolher, pois Manaus merece muito mais do que já tem; até porque a pandemia continuará e jamais nossa cidade deixará de crescer. Nunca a atual escolha será tão importante para todos os segmentos notadamente na área da saúde, educação, transporte coletivo, construção civil e demais necessidades. E, se é quase uma “cidade-estado” a responsabilidade do eleito será sempre maior do que este imagina ser. E será porque a crise sanitária exigirá nova postura onde a obediência à ciência e à valorização do ser humano farão parte do cotidiano na vida do prefeito.
Hoje as desigualdades cresceram e a falta de infraestrutura trouxera às capitais a precariedade no “modus vivendi”, sendo o processo educativo um dos mais atingidos. Ademais, a manutenção da saúde mental com boas práticas como leitura, exercícios, filmes etc.; poderá contribuir no enfrentamento da “onda do isolamento” que conduz à solidão e, quiçá, à depressão.
Após, seis meses de pandemia com angustias, medos e aprendizados, temos para nós que a necessidade de investimentos na saúde pública e na educação deverão se constituir na prioridade no combate às desigualdades em todas as capitais do Brasil. Nunca tivemos um quadro como o atual, onde a importância dos prefeitos eleitos será vital para a recuperação da saúde, da educação, do transporte coletivo e, consequentemente, da população.
Aguardemos as propostas dos candidatos para que, após análise, tomemos todos uma decisão sábia e seja o voto consciente; até porque esperamos que o eleitor tenha apreendido com os vários erros do passado e saiba afastar quem busca se apossar do poder, servindo a quem o financiara; tendo sempre em mente que a capacidade de gerir e bem administrar devem ser inerentes à experiência do candidato que deve colocar o interesse público acima de seus pessoais.
Se Manaus perdera sua identidade e parte de sua história, culpa não cabe ao povo trabalhador, mas aos administradores, onde poucos não cederam a um suposto crescimento sempre desordenado e nunca evitado. Igarapés desapareceram para surgir edifícios; ruas estreitas e a notória falta de calçadas se constituem num péssimo legado. Progresso não significa destruição até de prédios históricos. Sejamos mais exigentes na busca de um gestor mais bem qualificado e com propostas verdadeiras e factíveis. Só assim também seremos honestos com nossos princípios.