Não tenho dúvida que o AGRO familiar e empresarial é a saída econômica do Amazonas, o PIM/ZFM é importante, devemos lutar por ele, mas não chegou no interior e nunca foi responsável por manter a floresta em pé. Essa é a pior defesa que poderia ser feita ao nosso Estado para manter o PIM/ZFM, argumento fruto de alguns doutores do ambiente e clima que mantiveram um bolsa floresta miséria de 50 reais por longos 15 anos e não sabemos o que fizeram com o Fundo Amazônia, mas vamos saber. Sem esquecer que alguns doutores do clima e ambiente só sabem jogar a solução para o FUTURO e ainda não fizeram o ZEE, que é uma política ambiental. Se em Manaus, onde fica o PIM tem pobreza, imagine no interior, e nem por isso o caboclo saiu desmatamento, mas está doente, desempregado, passando fome, alcoolismo, narcotráfico, drogas (em Parintins teve recente operação da Civil), prostituição, subnutrido e presa fácil para os ilícitos diante desse quadro. Nossa renda per capita é uma das piores do Brasil. Comecei no setor primário em 15/01/1982, aprendi e vi alguma coisa nessas quatro décadas, o suficiente para reafirmar que passa pelos órgãos abaixo a virada econômica do Amazonas. O IDAM está em quase todos os municípios, foi reforçado pelo concurso, mas com o Sistema SEMA travando não vai avançar, não tendo feito o ZEE em longos 20 anos porque não quis, não iremos avançar. Vendo todos esses nomes juntos (SEPROR, SECT, SEMA, IDAM, IPAAM, ADAF, ADS, SEPA) me vem à ideia de pensar em juntar tudo isso em uma só secretaria de estado, com indicações do titular e vinculadas somente TÉCNICA e não POLÍTICAS Tudo isso sob o comando do engenheiro agrônomo Petrucio Magalhães, formado na UFAM, gestor técnico, que gosta de trabalhar, sensato, sabe ouvir, aliado de primeira hora do governador Wilson Lima, e vai na ponta, o Amazonas avançaria muito mais rápido. Hoje, com esses órgãos dispersos e uma SEMA distante da produção e que só trava, e nem ZEE fez, e joga toda solução para o futuro (como fez no evento no TCE) vamos ficar dependente do modelo PIM/ZFM por muitos anos. Contudo, com os constantes ataques já sabemos que o modelo PIM/ZFM tem os dias contados. Por fim, a defesa do modelo PIM/ZFM tem que ser técnica, jamais envolvendo a FLORESTA, jamais defender um SANTUÁRIO com gente passando FOME. Que SANTO quer ver seu povo com FOME. A EMBRAPA já tem tecnologias suficientes para o convívio entre produção e ambiente, mas alguns doutores do ambiente e clima ignoram e nem visitam a EMBRAPA. Querem mais reservas e acabar com áreas produtivas. Falo isso há bastante tempo, se não mudar, a pobreza vai continuar aumentando. Estamos em 58%, com um trilhão de patrimônio florestal nas mãos, mas que nada foi feito para um centavo desse patrimônio chegar nas mãos de quem mais precisa. Queria que a ALEAM conhecesse como são feitas as indicações para a EMBRAPA e copiasse para o Sistema SEPROR e SEMA. Aliás, acho que já está na hora de avaliar a fusão dessas secretarias para facilitar o diálogo. Exemplo: a pedido do governador e do secretário Petrucio estive na SEMA por duas ou três vezes no início do mandato para falar com o secretário sobre o ZEE, nunca estava, e até hoje não temos o ZEE. Até recurso já devolvemos. Espero que a ALEAM defenda o aumento de 14,3%, por passar por esses órgãos e colaboradores a virada econômica do AM. Dados oficiais da CONAB e IBGE apontam nessa direção.
13.06.2023
Thomaz Antônio Perez da Silva Meirelles, servidor público federal aposentado, administrador, especialização na gestão da informação ao agronegócio. E-mail: [email protected]