22 de dezembro de 2024

Sistema FAEA/SENAR já entregou mais de 2 mil cestas de alimentos no Amazonas

O Agro Fraterno é um movimento liderado pelo Sistema CNA/Senar, pela OCB e pelas entidades do IPA que se reuniram em uma corrente solidária para ajudar as famílias mais necessitadas atingidas pela grave crise gerada pela pandemia da Covid. O Agro Fraterno conta com o apoio da ministra Tereza Cristina. O programa é voltado para a participação voluntária de produtores, empresas e entidades ligadas ao setor. As doações são livres e podem ser feitas com cestas de alimentos, com recursos ou com alimentos, de acordo com a opção dos doadores. “O agro sabe de sua responsabilidade e assume o compromisso de defender os menos favorecidos nesse momento. Vamos somar forças pra suprir as necessidades da população com o que sabemos fazer de melhor: produzir e abastecer com alimentos. Com o Agro Fraterno, queremos socorrer os brasileiros mais necessitados”. Presidente da CNA, João Martins.

Ações no Amazonas

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-AR/AM) doou 1.520 cestas de alimentos para produtores rurais afetados pela cheia no município de Autazes. As entregas ocorreram nas sedes da Associação Comunitária Agrícola de Terra Prometida (Acatep), Cooperativa dos Produtores da Região do Lago do Sampaio (Cooperasa), Cooperativa de Leite em Autazes (Cooplam) e Cooperativa de Produtores da Agricultura Familiar do Jatuá (Coopafja). Moradores da ilha do Baixio – Iranduba, afetados pela cheia do rio, foram beneficiados com a entrega de 210 cestas de alimentos. A ação é resultado do movimento nacional liderado pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Agro Fraterno, e no Amazonas foi realizada pela Federação da Agricultura e Pecuária do Amazonas (Faea), em parceria com o Programa Agro Amazonas, da Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror) e Fundo de Promoção Social (FPS). A Federação da Agricultura e Pecuária do Amazonas (FAEA) e o Senar Amazonas doaram 532 cestas de alimentos para produtores rurais de Manacapuru, localizados em doze comunidades ribeirinhas impactadas pela maior cheia histórica do Amazonas dos últimos 120 anos.

Depoimentos dos beneficiados

Josiel Marques da Silva, 26, que vive da plantação e de roçar terrenos, contou as dificuldades que tem passado atualmente. Ele faz um bico pra cá, outro pra lá, de roçadeira, e do que mais aparecer, e descreve a sensação de receber a cesta. “É uma maravilha porque nem todo dia a gente tem pra comprar e passa necessidade. Comecei uma plantação, mas ainda não tem como colher. Meu sonho é ter as coisas para comer, não passar necessidade. De vez em quando a gente passa, mas Deus vai dando força e a gente se põe de pé. Quando não tem trabalho, a solução é caçar”. Já a dona Maria de Souza Nascimento, 78, que mora no ramal do Bacuri e vive da agricultura de subsistência com a plantação de macaxeira e da criação de galinha e porco, conta que apesar de receber aposentadoria, falta muita coisa e é preciso administrar bem o pouco dinheiro que ganha. “Do meu dinheiro da aposentadoria eu tenho hoje (dia da doação) R$40,00 para passar o mês de junho. E pra vir pra cá, receber essa cesta, eu gastei R$20,00. Então eu estou feliz porque eu vou passar mais uns dias sem comprar fiado. Não é fácil, não. Pra mim é uma ajuda bastante grande, pois este mês, o que eu recebi foi só para pagar as coisas compradas fiado”, descreve.

Foto/Destaque: Divulgação

Thomaz Meirelles

Servidor público federal aposentado, administrador, especialização na gestão da informação ao agronegócio. E-mail: [email protected]

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