Turismo – Viés do desenvolvimento econômico regional – I I

Em: 18 de março de 2022

Somos intransigentemente pela PAZ, não a GUERRA!!! A GUERRA não é solução para nada!!! Essa inútil guerra já afetou e configurou a geopolítica mundial, principalmente do Ocidente, como também, sua Economia produtiva e financeira, mercado de trabalho, comércio internacional e relações comerciais, fluxos migratórios, etc. Somente aqueles incautos, aqueles de narrativas contrárias, por falta de conhecimentos técnico-específicos, capazes de pensar somente com o senso comum, ainda não se deram conta que essa guerra a todos afetou, onde quer que esteja. Observar-se os Estados Unidos da América (EUA) somente na retórica, de sanções às promessas ao presidente ucraniano, pedindo, clamando, quase se humilhando ao Ocidente por ajuda concreta, enquanto seu Povo é massacrado pelo invasor, Rússia.

Chega de repetir no Amazonas que outras oportunidades e possibilidades de outros programas e projetos de DER (Desenvolvimento Econômico Regional) sejam alternativos ao projeto ZFM, porque não se trata de alternativa, mas novos programas e projetos para DER dentro do espectro da Economia do Amazonas. Em Economia, assim como acontece com os Setores Econômicos que estão interconectados, os programas e projetos também são intercomplementares, economicamente. Como se pode observar, para muitos se torna mais simples pensar no senso comum, pois raciocinar é mais difícil, porém todos estamos na mesma sociedade de contrastes e diversidades, se precisa viver e progredir e sair da dependência do projeto ZFM/PIM. Todos sabem que uma nova matriz econômica não trará resultados concretos e nem substituirá outra no curto e médio prazos. Como oportunidades e possibilidades para DER, o Amazonas é o maior bioma do mundo, onde existe; pescado e demais produtos da aquicultura, minérios, águas, terras agricultáveis, turismo e demais apêndices, acidentes naturais, fatores culturais específicos (ribeirinhos, indígenas, tradição, cultura e costumes regionais), dentre outros fatores, todos esses despontam como viés endógenos para o DER os quais poderão representar realizações maiores ou equivalentes ao projeto ZFM, onde um Estado rico, com vasto volume de riquezas, tendo um Povo pobre se apresenta. Não se pode mais sermos acusados de negligenciar sobre o aproveitamento econômico das potencialidades que só o Amazonas possui e não se sabe o quê fazer com todas elas. O Turismo no Amazonas ainda tem muito a melhorar profissionalmente, tanto o Turismo urbano quanto de natureza em geral, devem ser tratados como atividades econômicas, como indispensáveis para aquelas que servirão para transformar a realidade social local, não devem ser atividades esporádicas, mas estruturadas, que precisam identificar e utilizar as determinações da dinâmica do capitalismo contemporâneo e suas tendências para, com base nelas, projetar seu desenvolvimento econômico de futuro. Para os economistas pesquisadores do CEA (Clube de Economia da Amazônia) para se chegar ao desejado Desenvolvimento Econômico Regional Local, deve haver a profissionalização da cadeia de fatores daquela atividade que se deseja efetivar, são fatores endógenos (potencialidades internas existentes naquele espaço territorial) e exógenos (possibilidades existentes externas ao território, que aquelas potencialidades possam servir como atração) favoráveis ao desenvolvimento do território local, os quais se poderiam denominar de territorialização turística. De forma geral, elaborar essa arquitetura requer profissionalismo e visão de futuro, com o PERTT (Planejamento Econômico Regional Territorial Turístico) voltado à transformação daquela ambiência natural territorial local (educacional do capital intelectual, cultural, profissionalização gastronômica, investimentos na FBKF (formação bruta de capital fixo), modal de acessos (inclusive as plataformas virtuais), dentre outras estabelecidas no PERTT, pois com a transformação projetada para aquela sociedade do território, possa ocorrer de acordo com as diretrizes requeridas pelas atividades turísticas. Haja vista, ser o turismo um dos apêndices do Setor de Serviços com maiores possibilidades de gerar mais emprego e renda de uma economia, no Amazonas, este segmento econômico ainda não está devidamente desenvolvido, necessitando, na realidade mais investimentos fixos estruturantes, objetivando melhorias para multiplicação da renda e absorção de mais mão de obra qualificada, como também, sendo o turismo composto por diversos outros segmentos de serviços, esses também tem possibilidades de absorção de mão de obra menos qualificada, participando na melhoria da distribuição de renda no local, contribuindo para minorar as desigualdades regionais territoriais. Ressaltando, assim, o turismo como um dos viés do desenvolvimento econômico regional local. Sem embargo de outras abordagens, o pessoal do CEA recomenda que o PERTT para esse segmento econômico seja primordial para as nove (9) sub-regiões do Amazonas, por suas peculiaridades locais, aproveitando, especificamente, as vantagens comparativas locais, possibilitando a criação de um “regional tourist locus” de lazer, gastronômico, cultural, de negócios, histórico, de natureza, de pesca esportiva, de cachoeiras, rural, indígena, religioso, dentre outros. O DER, em seu PERTT preconiza o envolvimento da comunidade local, dessas sub-regiões ricas em potenciais naturais e nas possíveis distribuições dos ganhos desses processos econômicos (emprego, renda, melhoria na qualidade de vida, etc). Quando uma região ou território é identificado como potencial “regional tourist locus” há possibilidades concretas que o turismo seja o segmento do Setor de Serviços que poderá alavancar esse local para o desenvolvimento econômico regional, pois representa uma transformação nas bases econômicas e na organização social no local regional, essa transformação decorre da mobilização social que explora as potencialidades e capacidades específicas regional como atrativos turísticos ou empreendimentos afins dentro de processos consistentes e sustentáveis, ambientalmente

Nilson Pimentel

Economista, Engenheiro, Administrador, Mestre em Economia, Doutor em Economia, Pesquisador, Consultor Empresarial e Professor Universitário: [email protected]
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