É impressionante como escrever sobre o amor nunca é demais. Poetas, romancistas, escritores, de todos os tempos e lugares, sempre estão abordando o assunto. Na verdade, o amor é um tema universal e inesgotável. E foi sobre o amor que o escritor amazonense Ney Metal lançou o seu primeiro romance.
“Um grande amor no coração da Floresta Amazônica” narra a história de amor entre Raimundo e Valquíria, os personagens principais do livro. Sobre Raimundo, o autor escreve: “era homem alto, forte, branco e filho de cearenses, com sangue português”, página 13. Já Valquíria é apresentada da seguinte maneira: “indígena cor morena jambo, cabelos longos e lisos; o rosto arredondado e seus olhos bem pretos como o carroço de açaí”, página 16.
Didaticamente o livro possui dez capítulos: “A Fuga”, “A Vila de Tamanicuá”, “O Temporal”, “A Mordida”, “A Pescaria do Pirarucu”, “Fonte Boa”, “O Flutuante”, “A Viagem com os Missionários”, “O Recomeço e as Conquistas”, “A Doença de Valquíria” e 114 páginas. Publicado no ano de 2024, o livro foi agraciado pelo edital Lei Paulo Gustavo.
Da primeira à última página o livro “Um grande amor no coração da Floresta Amazônica” serve unicamente para exaltar a beleza da Fauna e da Flora Amazônica, a resiliência dos povos originários, a força e a coragem do amor verdadeiro. Serve também para expressar conhecimento e denunciar as precárias condições de trabalho, locomoção, saúde e educação na Floresta Amazônica.
É por isso que logo na Introdução o autor alerta: “A Amazônia sempre foi terra sem lei e explorada por estrangeiros que aqui chegam para fazer suas pesquisas e acabavam apropriando-se das nossas riquezas naturais”.
Em seguida, o autor narra uma série de fatos históricos mostrando exemplos de como a Amazônia sempre foi roubada pelos estrangeiros, deste à semente da seringueira que foi levada pelo inglês Henry Wickham até o caso mais recente da fruta do cupuaçu que foi patenteado pelos japoneses.
Em suma, “Um grande amor no coração da Floresta Amazônica” é um romance que não deixa nada a desejar quando comparado com obras escritas por grandes autores da literatura amazonense.
Portanto, não é exagero comparar o romance “Um grande amor no coração da floresta amazônica” como o livro “Coronel de Barranco” de Claudio de Araújo Lima, “Mad Maria” de Márcio de Souza, “A invenção da Amazônia” de Neide Gondim, ou até mesmo com o romance “Terra de Icamiaba” de Abguar Bastos.
O certo é que Ney Metal escreve como se fosse um veterano na prosa. Mas nunca é demais informar o(a) leitor(a) que este é o seu primeiro livro no gênero. Certamente muitos outros romances virão, porque talento ele tem de sobra.
Então, para os amantes da literatura amazonense ou para aqueles que queiram conhecer a Floresta Amazônica não tem como não indicar “Um grande amor no coração da Floresta Amazônica”, de Ney Metal.
E por fim, como ler enriquece o nosso mundo interior, além de acumular conhecimentos preciosos para a nossa qualidade de vida, eu sugiro: leia esse livro, ele lhe fará um grande bem e o autor agradece!