Um prelúdio à criação do Museu de Geociências “Rosalie Benchimol”

Em: 4 de julho de 2024

Em reunião mantida no Departamento de Geociências da Universidade Federal do Amazonas, realizada no dia 7 de maio do corrente, como membro do Fórum de Estudos Econômicos e Sociais para o Desenvolvimento Sustentável – FOCOS,  tive o prazer de apresentar aos diversos professores, técnicos e alunos presentes uma proposta de viabilização de eventos culturais como sugestões a serem desenvolvidas por departamentos afins desta honrosa e centenária instituição educacional, após as devidas consultas protocolares de praxe e concordâncias da Pró-reitoria de Extensão e do próprio Magnífico Reitor da UFAM.

Dentre as propostas apresentadas, se inseriu uma pré-agenda de realização de um Seminário ou Mesa Redonda para discussão, debates e encaminhamentos sobre três importantes temas ligados às recentes pesquisas sobre os Geoglifos encontrados na Amazônia pelo Geógrafo e Paleontólogo Dr. Alceu Ranzi, notadamente entre os Estados do Acre, do Amazonas e de Rondônia. Outro tema de igual valor cultural e econômico para o Desenvolvimento Regional, se referiu aos recentes estudos relativos à Criação do Geoparque do Purussaurus da Amazônia, de minha autoria, cuja agenda está sendo desenvolvida em diversas instituições municipais, estaduais e federais ligadas ao assunto e que estão contidos no livro, de igual nome, a ser lançado no início de outubro no Brasil.

O terceiro tema por mim apresentado na referida reunião com o DEGEO da UFAM se referiu ao anteprojeto de Criação do Museu de Geociências com a denominação do nome de uma das mais importantes pesquisadoras desta instituição acadêmica, a Arqueóloga e Professora Rosalie Benchimol, notadamente por seu grande legado de estudos e pesquisas deixado no âmbito de achados geológicos e paleontológicos na região, a exemplo de suas incursões de estudos no denominado Sítio Cajueiro, onde posteriormente foram registrados os fósseis do famoso “Purussaurus brasiliensis”, uma das mais expressivas referências para a Paleontologia no Brasil.

Como pude observar, e onde todos podemos comprovar, numa das salas de Estudos de Paleontologia do atual Museu de Geociências, localizado no Campus da UFAM, há um maravilhoso e valioso legado deixado pela professora Rosalie, bem como inúmeras amostras de minerais que foram herdados da Escola de Mineração do Amazonas. Tais amostras, de valiosa importância econômica e cultural, se misturam nos corredores amontoados entre diversas salas de aula, numa demonstração de que se precisa de fato dar a devida importância a este legado, que foi produto de muitas incursões, lutas, pesquisas, investimentos de recursos públicos e privados, e sobretudo de esforços pessoais de profissionais dos diversos ramos das geociências.

Na ocasião da reunião supramencionada, apresentei também uma indicação para que sejam efetuadas agendas institucionais entre a Universidade Federal do Amazonas, a Assembleia Legislativa do Estado e a própria Prefeitura Municipal de Manaus, para unir esforços para a tomada de decisões no sentido de se conceder o prédio do antigo Palácio Rio Branco para se estruturar um Museu de Geociências, com a transferência do acervo que hoje está em local inadequado.

Certamente será uma conquista generalizada para a instituição acadêmica da UFAM, para a ALEAM, para a PMM, para os professores, técnicos e alunos, além de toda a sociedade, que poderão dispor de um espaço adequado e de um local apropriado num contexto de georreferencia do centro histórico da cidade de Manaus. Portanto, considero que a Universidade Federal do Amazonas, não poderia estar distante desse processo de conquista sociocultural.

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*Cristóvam Luiz é professor aposentado, escritor e microempresário de mineração. Autor de obras publicadas no Brasil e no exterior.

Cristóvam Luiz

é professor, empreendedor na área de mineração e membro do Fórum para o Desenvolvimento do Amazonas
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