Se há uma coisa boa que aconteceu nas eleições de 2022 é que o mundo inteiro acompanhou e ficou sabendo que nosso sistema eleitoral é confiável, um dos mais modernos do mundo, razão pela qual deveria ser motivo de muito orgulho para os brasileiros de bem e de profunda vergonha para os bolsonaristas que espalharam fake news, atacando sem provas nossas urnas eletrônicas.
Primeiramente, gostaria que o leitor refletisse e parabenizasse toda a equipe do TSE e demais parceiros, pelo trabalho que executaram antes e durante o primeiro turno das eleições que ocorreu no dia 02 de outubro de 2022.
Este é um trabalho de Hércules, com inúmeros desafios, administrativo, logístico, tecnológico, humano e de segurança, pois segundo o TSE <https://bit.ly/3SAaKUY>:
1) cerca de 156.454.011 eleitores estavam aptos a votar em mais de 472075 seções principais espalhadas pelos 5570 municípios do país e em 181 cidades localizadas no exterior;
2) para tanto, foram mobilizadas cerca de 20 mil pessoas, servidores e colaboradores do TSE, dos TREs e dos cartórios eleitorais;
3) quase 30 mil candidatos foram cadastrados para concorrer;
4) o evento mobilizou 1.809.227 mesários, maioria mulher (1.233.649; 68,2%), parabéns a vocês;
5) cerca de 577.125 urnas foram distribuídas no Brasil e 989 urnas foram para o exterior, sem contar 29 urnas de lona para votação em cédula, enviadas para locais em que há conflito político, baixo contingente de pessoas, instabilidade de energia ou dificuldades alfandegárias para entrada do equipamento;
6) das 472075 seções principais, 33% (156 mil) são preparadas com acessibilidade;
7) durante a fase de preparação, cerca de <https://bit.ly/3UUrqbr> dezesseis categorias de organizações participam das etapas do processo de fiscalização e auditoria;
8) também participam 21 organizações na Comissão de Transparência Eleitoral e outras 60 organizações ajudam no Observatório de Transparência Eleitoral;
9) há mais de 30 barreiras de seguranças que protegem os sistemas da urna e periodicamente o TSE convida representantes de várias organizações, inclusive de partidos políticos, para participar do teste e aperfeiçoamento das urnas. E este ano, vinte seis investigadores realizaram vinte e nove planos de ataques contra as urnas eletrônicas;
10) e contra as fake news cerca de 154 parceiros ajudaram a justiça eleitoral e neste link <https://www.justicaeleitoral.jus.br/fato-ou-boato/#> há acesso a alguns boatos desmentidos pelo TSE e parceiros. E só para refrescar a cabeça do eleitor, especialmente os mais críticos, que prezam pela verdade, honestidade, nestes links há mais de vinte fake news espalhadas pelo Presidente Bolsonaro sobre o sistema eleitoral e/ou as urnas eletrônicas, todas desmentidas pelo TSE, jornais e organizações de checagem <https://bit.ly/3RsBEg4 ; https://bit.ly/3ycQ9xP ; https://bit.ly/3EeBCW1>;
11) 120 pessoas participaram de missões internacionais, a fim de observar e acompanhar o pleito. E cerca de 300 observadores nacionais também acompanharam, totalizando 420 observadores;
12) Este ano, das 16 h até perto de meia-noite, horário de Manaus, foi possível acompanhar em tempo real, a apuração dos votos, em menos de oito horas, ficamos sabendo o resultado do primeiro turno com quase 99,9% das sessões apuradas, tudo isso com a possibilidade de cada eleitor escolher digitalmente a apuração, tanto em nível nacional quanto estadual, por meio do site do TSE e de aplicativos <https://bit.ly/3y8FGU7>;
13) O TRE-RS foi o primeiro que finalizou a totalização dos votos no primeiro turno, encerrando as 22h25 do domingo, com o detalhe de que é uma das regionais com um número elevado (8.593.569) de eleitores aptos a votar;
14) As eleições transcorreram em clima de normalidade e segundo o terceiro boletim de ocorrências do TSE <https://bit.ly/3e77YaQ> cerca de 3.222 urnas eletrônicas apresentaram problemas e foram substituídas até às 16h, correspondendo apenas a 0,60% do total de urnas;
15) Um dia após o primeiro turno, o chefe da missão da OEA, entregou para o Ministro do TSE, Alexandre de Moraes, relatório preliminar da delegação que acompanhou o planejamento e a realização do pleito <https://bit.ly/3rtjnVy>, traçando elogios ao compromisso cívico dos brasileiros durante esta eleição.
Diante do exposto, longe de ser perfeito, temos que sentir orgulho do sistema eleitoral brasileiro, defendê-lo dos ataques mentirosos, levianos do Presidente e sua tropa, pois são pessoas que não deveriam merecer confiança. Temos que nos orgulhar de nossas urnas eletrônicas, já que poucos países conseguem realizar um trabalho coletivo tão complexo, obter resultado confiável e transparente em tão pouco tempo, bem diferente do tempo em que tínhamos o voto impresso, método arcaico, caro, não amigável ao meio ambiente, lento, cheio de confusão e passível de fraudes.
