Para viver enfrentando lutas, suportando raciocínio, é preciso que a criatura se conheça a si própria como Força e Matéria, como alma que se serve do corpo físico para se locomover neste mundo.
No dia em que todos compreenderem que um conhecimento claro do próprio eu permite uma existência mais feliz, quando souber dar valor aos pensamentos e os vibrarem de tal forma que se sintam bem assistidos espiritualmente, terão, então, a paz com que sonham.
A paz verdadeira, aquela por que todos suspiram, pode ser conquistada pela maneira sensata e metódica de viver. Toda criatura que tem método, que é tolerante, que sabe relevar as faltas do semelhante, que conhece seus próprios defeitos e procura corrigi-los, tem paz de espírito.
O maior mal do ser humano é justamente não saber conter o seu eu, seus ímpetos, suas más inclinações. Todos têm momentos bons e maus, têm horas de aborrecimento e de alegrias. O grande desafio é saber harmonizar os maus momentos para evitar grandes choques.
A falta de raciocínio e de bom senso muito concorrem para a vida agitada dos seres. No próprio lar, um casal que não seja tolerante, que não saiba desculpar-se mutuamente, não pode criar um ambiente onde a harmonia esteja sempre presente.
É preciso que todos se conheçam, e, conhecendo-se, saibam viver em harmonia. Um ambiente de harmonia concorre grandemente para um estado de espírito satisfatório. A maioria dos descontroles emocionais desenvolve-se em ambientes maus, onde a discórdia e o mau humor têm guarida.
Portanto, sejam criaturas sensatas no pensar e no agir, pois viverão em harmonia com os semelhantes.
Jamil Merched Chaar