Vovô, quando acaba a pandemia?

Em: 5 de fevereiro de 2021

“Vovô, quando acaba a Pandemia?”.

Pergunta da minha neta de 4 anos, de tanto ouvir na TV e sem sair de casa a muitos dias, de quarentena. Qual foi a minha resposta? “Daqui a pouco, minha filha”.

Uma mentira, perdoável, pois a resposta correta ninguém sabe, mesmo. Aos meus 62 anos de vida, me recordo de inúmeras doenças que assolam a humanidade e não possuem vacinas que as evitem ou curem, e cito apenas duas: AIDS e MALÁRIA.

Bem, a Ciência e seus metodológicos sistemas de identificação de vírus e outros “bichinhos”, só divulga resultados oficiais de vacinas após longos testes que, normalmente, levam alguns anos. Agora, o nosso planeta e toda a raça humana está enfrentado o COVID-19. E estamos perdendo.

Pouco importa se foi um morcego, um gato, um laboratório, ou um cientista produzindo nova arma biológica, cujo vírus foi disseminado por acidente ou de propósito. Eu gostaria de ter a cura. E que, ainda, não existe.

E, atualmente, existem muitos laboratórios tentando dizer ao mundo que possuem a vacina, com eficácia de 50, 60, 70, 100%. Mas, eu me pergunto: a Malária mata muita gente, sempre. E a AIDS também. E ainda, ambas, não possuem cura totalmente eficaz. E estão no nosso ambiente há muito tempo.

Por que será que a Ciência não encontrou cura para elas? Ou será que existe, mas é muito caro obter? Ou são doenças muito resistentes? Enfim, eu não tenho a resposta. E, creio mesmo, que ninguém tenha. E se tiver, não divulga.

Assim sendo, hoje, as minhas fontes de informação sobre o COVID 19 são os  órgãos de imprensa e os grupos sociais, que redistribuem as notícias (e alguns grupos  criam as notícias). Não posso provar que todos mentem, mas, posso acreditar ou não. E a culpa é dos políticos? Pela cura, pelo tratamento? Pelo acesso às vacinas? Pelo desvio de recursos financeiros? Não sei dizer. Ou melhor, não posso provar nada disso.

Estou focado em sobreviver e ajudar quem precisa, dentro das minhas possibilidades. Pago meus impostos, me cuido e cuido da minha família. Evito sair de casa para não ser prejudicado e não prejudicar outras pessoas. Tenho que fazer mais ou posso fazer mais? Bem, nesse caso, a escolha é minha. Faço o que posso.

Por fim, como todo o planeta, não sei quando acaba a Pandemia, mas, vou tentar sobreviver a ela, dia após dia. Um dia, saberemos de quem é a culpa ou quem será responsabilizado por isso tudo. Mas, primeiro, quero sobreviver e que todos sobrevivam, agora, hoje, esta semana, este mês, este ano, ano que vem…depois vou estudar como tudo começou, e o porquê. E quando conhecer, servirá para contar histórias no futuro, disseminar o conhecimento ou fofocar com os amigos.

Carlos Alberto da Silva

Coronel do Exército, na Reserva, professor universitário, graduado em Administração e mestre em Ciências Militares
Pesquisar