12ª Região Militar: desafios e estratégias na Logística Militar da Amazônia

Na vastidão da Amazônia, onde a natureza exuberante se mistura com a missão de proteger e preservar, a Logística Militar assume um papel crucial, impulsionando operações estratégicas do Comando Militar da Amazônia (CMA) em qualquer período do ano. A grandiosa tarefa de garantir a prontidão operacional das tropas do Exército Brasileiro na região amazônica é uma empreitada desafiadora e estratégica, moldada por obstáculos únicos e complexos.

O cenário amazônico, marcado por uma rede fluvial intricada e uma densa floresta, testa os limites da logística militar. O desafio de manter alta prontidão operacional em uma região tão vasta é realçado pela dispersão dos núcleos urbanos ao longo dos rios e pela difícil acessibilidade da Amazônia Ocidental, que abraça estados como Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima. A área representa cerca de 25% do território nacional e é o cenário das operações logísticas coordenadas pela 12ª Região Militar (12ª RM).

Sob o comando da “Região Mendonça Furtado”, as organizações militares logísticas atuam como elos da engrenagem de suporte logístico da Amazônia. A missão é clara: planejar, coordenar, executar e integrar as funções de transporte, suprimento, saúde e manutenção para todas as 63 organizações militares do CMA. E para coordenar essa embricada rede de informações e de atividades, o Centro de Coordenação de Operações Logísticas (CCOL) da 12ª RM é o epicentro das operações, assegurando que as operações militares possam ter prosseguimento e sustentação.

Essa engrenagem é sustentada por diversos eixos. Os rios Madeira, Negro e Solimões, juntamente com as rodovias BR-174 e BR-319, formam os eixos de suprimento que dão suporte ás atividades operacionais na Amazônia Ocidental. Os desafios aéreos também são enfrentados, demandando a colaboração da Força Aérea Brasileira (FAB) e a utilização criteriosa de meios aéreos, por vezes o único modal de suprimento dos mais distantes Pelotões Especiais de Fronteira.

No coração desse intrincado sistema logístico, está o modal fluvial. O Centro de Embarcações do Comando Militar da Amazônia (CECMA) emerge como uma das peças dessa importante engrenagem. O Centro impulsiona o fluxo logístico através de embarcações especializadas, que desbravam as águas dos rios Madeira, Negro e Solimões, conectando estrategicamente regiões como Porto Velho (RO), Tefé (AM), Tabatinga (AM) e São Gabriel da Cachoeira (AM).

Por via terrestre, o 12º Batalhão de Suprimento garante a cadeia de abastecimento, especialmente pela BR-174, suprindo a Guarnição de Boa Vista-RR. A BR-319 também aparece como uma peça-chave, criando junto com o rio Madeira, um Eixo Prioritário de Transporte, unindo Manaus-AM a Porto Velho-RO, dois centros logísticos vitais.

  Por outro lado, garantindo o bom funcionamento dos equipamentos, o Parque Regional de Manutenção da 12ª RM (PqRMnt/12) destaca suas equipes de apoio direto, multiplicando o poder de combate por meio da disponibilidade de equipamentos. O Parque de Manutenção não apenas prolonga a vida útil dos equipamentos, mas também assegura que as tropas do CMA possam cumprir suas missões com eficiência e confiança. Sem dúvida, desempenham um papel vital na segurança e defesa da Amazônia.

Todo esse esforço está ancorado na missão de elevar a operacionalidade das tropas, otimizar processos logísticos e melhorar as condições de trabalho dos militares e suas famílias na Amazônia. A luta por uma prontidão logística contínua na Amazônia Ocidental não apenas fortalece a defesa das fronteiras nacionais, mas também afirma o compromisso inabalável com a preservação e a proteção dessa terra singular. Unidos em um grito de “Tudo pela Amazônia! Selva!”, a tropa mantém-se firme, coesa, motivada e pronta para enfrentar os desafios da logística na Amazônia Ocidental.

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