ASAS DO EXÉRCITO QUE PROTEGEM A AMAZÔNIA
Nos céus da Amazônia, os rotores do 4º Batalhão de Aviação do Exército (4ºBAvEx) representam a força do Exército Brasileiro (EB) na 3ª dimensão do combate, a aérea. Também conhecido como Esquadrão Coronel Ricardo Pavanello, essa Organização Militar (OM) possui notório destaque no Comando Militar da Amazônia (CMA).
Diante da imensa floresta amazônica e, em face das dificuldades de acesso a lugares remotos, o 4º BAVEx é dotado de pessoal altamente especializado, dedicado, motivado e comprometido com o dever de defender a Amazônia Brasileira, em permanente prontidão para atender às mais diversas missões atribuídas. Fruto da necessidade imposta pela atividade, a Unidade é capaz de atingir qualquer ponto da Amazônia, desdobrando-se com seus próprios meios, seja de dia ou mesmo na escuridão da noite, conduzindo operações de combate, de apoio ao combate e de apoio logístico. Operando atualmente com 3 modelos de helicópteros, o 4ºBAVEx possui em sua frota aeronaves HM-1A Pantera, HM-2 Black Hawk e HM-4 Jaguar, proporcionando a aeromobilidade necessária às tropas do CMA.
Localizado no complexo aeroportuário de Ponta Pelada, às margens do Rio Negro, em Manaus, o Batalhão desempenha um papel essencial no apoio operacional às ações do Comando Militar da Amazônia (CMA). Trabalhando em estreita colaboração com as Brigadas de Infantaria de Selva, o Batalhão demonstra sua versatilidade nas operações realizadas na faixa de fronteira e em outras regiões.
Além de suas operações militares, o 4º BAVEx desempenha um papel crucial na assistência humanitária. Em sua história, contribuiu significativamente em diversas situações de emergência, como as enchentes no Amazonas em 1997 e 1999, os incêndios em Roraima em 1998 e as operações de busca por pesquisadores perdidos na região de Cruzeiro do Sul em 2002. Também prestou auxílio durante a grande seca do Rio Solimões em 2005, as enchentes no Maranhão em 2009 e as cheias do rio Madeira em Rondônia em 2014.
Além disso, esteve presente em eventos de grande comoção nacional, como o apoio aos acidentes aeronáuticos das aeronaves da Rico Linhas Aéreas, em 2004, e da GOL, em 2006. Essa abordagem humanitária estende-se a países amigos, incluindo o Suriname em 2006, a Bolívia em 2008 (onde participou de missões de resgate e apoio às populações afetadas por desastres naturais), a Ilha de Santa Lúcia no Caribe, durante o furacão “Thomas”, em outubro de 2010, e a Operação Liberdade na Colômbia, onde, sob a égide da Cruz Vermelha, desempenhou um papel fundamental no transporte de reféns libertados pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), de 2009 a 2012.
Recentemente, ao se deslocar por várias regiões da Amazônia, o batalhão tem demonstrado sua capacidade de sinergia e interoperabilidade entre as Forças Armadas, Órgãos de Segurança Pública e Órgãos Governamentais. Isso ficou evidente durante o apoio ao transporte de vacinas e agentes de saúde durante a Pandemia da COVID-19. Atualmente, desde 31 de dezembro de 2022, o batalhão está fortemente envolvido em operações de ajuda humanitária ao povo Yanomami, na região de Surucucu, em Roraima, conhecida como Operação Escudo Yanomami/Ágata Fronteira Norte.
Esta última operação já alcançou números impressionantes, incluindo mais de 1000 horas de voo, mais de 100 toneladas de material transportado, a desintrusão de 38 garimpeiros, a evacuação de 65 indígenas e mais de 210 dias de atuação contínua. Além disso, foram distribuídas 15 mil cestas de alimentos, demonstrando o compromisso do Batalhão em estender a “Mão Amiga” do Exército Brasileiro para oferecer apoio e solidariedade aos povos indígenas.
É dessa maneira que a Aviação do Exército atua na região da maior floresta tropical do mundo, consolidada como Unidade de espírito forte, o 4ºBAVEx continua cumprindo sua missão diuturnamente em prol da missão de desenvolver e defender a Amazônia Brasileira.
Você sabia…
… A origem do 4ºBAvEx remonta uma série de operações na área de fronteira no ano de 1991. Naquela ocasião, uma força de helicópteros composta por 4 (quatro) aeronaves da então Brigada de Aviação do Exército deslocou-se da cidade de Taubaté-SP para o destacamento do Rio Traíra, na região de Vila Bitencourt-AM, para prestar apoio às tropas brasileiras que atuavam na região. A partir de então, os rotores das aeronaves da Aviação do Exército não deixaram mais a Amazônia. Nascia ali o 4ºBAVEx.