18 de outubro de 2024

Amazonastur define ações para Pesca Esportiva e promoção do Etnoturismo

Com foco em um dos maiores segmento do turismo amazonense, o Turismo de Pesca Esportiva, gestores estaduais de turismo do Amazonas e de outros estados participam de uma reunião em Brasília para definir as novas políticas públicas nacionais com o ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula.

Segundo o presidente da Empresa Estadual de Turismo (Amazonastur), Gustavo Sampaio, a pesca esportiva no Amazonas injeta cerca de R$ 500 milhões de forma direta e indireta. Ele considera relevantes essas abordagens direcionadas, no sentido de que a área da pesca esportiva seja diretamente ligada ao turismo, principalmente como serviço. O Amazonas está entre os principais destinos deste tipo de turismo no Brasil.

“A nossa particularidade como estado, como um grande celeiro da pesca esportiva, faz cada vez mais o Amazonas ficar em evidência em nível mundial. E, para nós, esse alinhamento com o Governo Federal é importante para fortalecer o segmento”, destacou o presidente da Amazonastur.

Para o ministro André de Paula, a pesca esportiva é uma atividade em ascensão que assegura um retorno financeiro e econômico e beneficia a população direta e indiretamente.

“Nós vamos ter que ter uma parceria muito estreita entre o Governo Federal e o Governo do Amazonas porque todos sabem que a pesca, não mais apenas a esportiva, mas artesanal, tem uma importância econômica muito grande para o estado. Vamos trabalhar muito juntos, de mãos dadas para fortalecer essa atividade e, sobretudo, para apoiar quem vive da pesca”, assegurou o ministro.

Etnoturismo liberado na RDS Puranga Conquista

A Empresa Estadual de Turismo do Amazonas (Amazonastur) dá continuidade às ações do Plano de Ordenamento Turístico nas comunidades indígenas que fazem parte de duas Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS), a Tatuyo e Cipiá da RDS Puranga da Conquista e, também, a Tuyuka e Diakuru da RDS do Tupé, com objetivo de divulgar as comunidades indígenas para diferentes destinos e promover o etnoturismo para um turismo sustentável com respeito à cultura indígena estimulando as comunidades a fomentar o turismo local.

A RDS Puranga Conquista ficastá localizada na zona rural de Manaus, é mais uma Unidade de Conservação (UC) do Estado a receber o seu Plano de Gestão. Com a recategorização da Unidade de Conservação, uma área de 77.011,46 hectares do Parque virou o que hoje é a RDS. O documento, que é o principal norteador do desenvolvimento sustentável e da gestão ambiental na UC. Com este, chega a 33 o número total de Planos de Gestão de Unidades de Conservação entregues pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema).

Segundo o secretário de Estado do Meio Ambiente, Eduardo Taveira, trata-se de uma premissa do governador Wilson Lima, que se materializa na entrega do Plano da Puranga Conquista levando ordenamento para 550 famílias das 17 comunidades integrantes da RDS, que poderão promover sua integração à realidade econômica, ambiental e social do território.

 “O Plano de Gestão é o principal instrumento de gerência de uma Unidade de Conservação, definindo prioridades sobre políticas públicas no território, para que ela atinja os objetivos da sua criação, dando os caminhos possíveis para conservar a floresta e gerar renda para as comunidades tradicionais. Essa é uma premissa do governador Wilson Lima, que se materializa na entrega desse Plano”, afirmou Eduardo Taveira.

Para a gestora da RDS, Karen De Santis, a entrega desse plano é um passo importante para consolidar a área protegida como modelo próspero de desenvolvimento e para garantir os direitos das populações tradicionais residentes. “Todo o processo de elaboração do Plano de Gestão começou em 2019. Como sua construção deve assegurar ampla participação popular de diferentes segmentos sociais, a pandemia se impôs como um grande desafio. Mas agora estamos aqui, vivendo esse momento histórico”, destacou Karen.

O Plano de Gestão estabelece o seu zoneamento, as normas para regular o uso da área e o manejo dos recursos naturais. Para elaboração deste Plano, foram realizadas oficinas de planejamento participativo junto aos comunitários que expressaram seus desejos para a RDS, e montaram a missão e visão. O Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), por meio do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), sob supervisão da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), contratou o Instituto de Pesquisa Ecológica (IPÊ) para realização dos estudos técnicos.

Soraya Cohen

é editora da coluna Turiscando

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