24 de novembro de 2024

Batalhão Amazonas: Um século de operacionalidade na defesa da Amazônia Brasileira

Há mais de um século, o 1º Batalhão de Infantaria de Selva (Aeromóvel) – 1º BIS (Amv), tem sido uma presença vital na Amazônia brasileira. Fundado em Manaus no início do século XX, o Batalhão conquistou reconhecimentos nacional e internacional por sua excepcional operacionalidade em defesa da maior floresta tropical do mundo.

A alcunha de “O Melhor Batalhão do Mundo” não é dada por acaso. O 1º BIS (Amv) tem uma história marcante e uma ligação profunda com o estado do Amazonas, que se tornou oficial em 1990, quando recebeu a designação histórica de “Batalhão Amazonas”. Tal denominação reflete o orgulho de seus membros em trabalhar para preservar o legado dos camaradas que os antecederam.

A evolução dessa importante organização militar é notável. Inicialmente, a nomenclatura “1º BIS” ocorreu em 1969, e “Aeromóvel”, em 2005, destacando sua capacidade única de infiltrar-se na selva por meio das aeronaves do 4º Batalhão de Aviação do Exército (4º BAVEx). Essa adaptação ressalta a prontidão constante do “Melhor Mundo” em aproveitar as mais recentes tecnologias militares no ambiente desafiador da Amazônia.

A partir de 2000, o 1º BIS (Amv) tornou-se parte integrante da Força de Ação Rápida do Comando Militar da Amazônia (CMA), mantendo-se sempre pronto para responder a qualquer situação na Amazônia Ocidental. Entre 2008 e 2011, suas tropas foram enviadas em missões de estabilização das Nações Unidas, no Haiti, contribuindo para a restauração de um ambiente seguro e estável naquela nação centro-americana.

O Batalhão ganhou notoriedade em uma série de operações, incluindo a Garantia da Lei e da Ordem, preservação da integridade territorial na fronteira brasileira, resgates de vítimas de acidentes aéreos, auxílio às comunidades atingidas por desastres naturais, entre outros tantos. Além disso, teve a responsabilidade de garantir a segurança em grandes eventos, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.

Hoje, o 1º BIS (Amv) é reconhecido como uma das unidades mais capacitadas em operações na selva do Exército Brasileiro, pelo seu alto grau de preparo e adestramento nessa arte. Além disso, também faz parte da Força de Prontidão (FORPRON) do CMA, com a capacidade de realizar quaisquer tipos de operação na área deste Comando Militar. Um exemplo notável é sua atual missão de combate à mineração ilegal na Terra Indígena Yanomami, no estado de Roraima, conjugando esforços com militares das demais Forças Armadas e outras agências, no combate a delitos ambientais e ajuda aos povos originários.

O “Batalhão Amazonas” reafirma seu compromisso em proteger e desenvolver a Amazônia, trabalhando em perfeita sintonia com a população local. Grande parte do seu efetivo militar, orgulhosamente, é desta região, sendo treinados e preparados, exaustivamente, para atuar em qualquer lugar da Amazônia, a qualquer hora e sob quaisquer condições. Com os seus fuzis em riste, o 1º BIS (Amv) permanece firme em sua missão de preservar este tesouro natural e cultural brasileiro, a Amazônia.

VOCÊ SABIA…

Que a história do 1º Batalhão de Infantaria de Selva (Aeromóvel) remonta ao século XVIII, quando teve sua origem na Província do Mato Grosso, em 1754, sob o nome de “Companhia de Pedestres”? Desde então, essa unidade militar tem desempenhado um papel fundamental na região amazônica. Aqui estão alguns marcos importantes de sua jornada:

1915: o batalhão foi transferido para Manaus, capital do Amazonas, e ocupou as atuais instalações do Colégio Militar de Manaus, tornando-se a primeira unidade de Infantaria na Amazônia;

1919: sua nomenclatura foi modificada para 27º Batalhão de Caçadores (27º BC);

1944: o 27º BC contribuiu com efetivos para a Força Expedicionária Brasileira (FEB), durante a 2ª Guerra Mundial, garantindo a participação do Amazonas no combate ao nazifascismo;

1962: o quartel do 27º BC foi transferido para o bairro São Jorge, estabelecendo uma sólida conexão com a comunidade local; e

1969: o Batalhão passou por uma transformação e se tornou o 1º BIS, mantendo-se nas mesmas instalações. Até hoje, o prédio abriga o agora denominado 1º BIS (Amv).

Ao longo de sua trajetória, o 1º BIS (Amv) desempenhou um papel crucial no fornecimento de pessoal e recursos para a criação de diversas outras Organizações Militares e Pelotões Especiais de Fronteira, na região Norte do Brasil, consolidando seu reconhecimento como a “Célula Mater da Infantaria de Selva”.

CMA CMA

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