O céu não é o limite para desbravadores que querem levar a mensagem de Deus pelo mundo. O grupo de pilotos missionários Missão do Ceu aterrissou nos estúdios do Jornal do Commercio para um bate-papo com o Trends JC. Eles contaram como é a missão de suas vidas pelas Amazônia.
O piloto, pastor e missionário Márcio Rempel, presidente do Missão do Céu,é um paranaense que está na Amazônia desde 2002, mas já atua na aviação missionária desde o fim da década de 90, o que o credencia a criar, em 2015 o Missão do Céu. “Sobrevoando a região e vendo essas milhares de comunidades espalhadas, eu sempre tive uma pergunta dentro de mim: quantas delas teriam acesso à palavra de Deus?”, comentou o missionário. A ideia dele, portanto, era levar o evangelho a estes povoados e oferecer uma escolha de seguir a Deus. “Quando falamos de evangelismo, é isso. Dar acesso à informação e deixar que a pessoa tome uma decisão”.
Essa pergunta pessoal deu origem a uma tese de conclusão de um curso de teologia, em que o missionário percorreu toda a calha do Rio Negro (São Gabriel da Cachoeira, Santa Isabel do Rio Negro,Barcelos e Novo Airão) em 3 meses. Daí surgiu o projeto Fronteiras, em que foram mapeadas 8 mil comunidades em todo o Amazonas. “Esse primeiro projeto reuniu muitos pastores e missionários em torno de comunidades carentes e levantou muitas demandas, o que nos motivou a criar o Missão no Céu, com intuito de responder a estas demandas”, revelou Rempel.
Ao viajar pela Amazônia, o grupo de missionários se depararam com os problemas já conhecidos do interior: falta de acesso à informação, falta de recursos, falta de ajuda no geral e um gargalo crônico: problema logístico. “A aviação é uma das respostas às demandas vindas do interior. Em votla de Manaus, a 200 ou 300 km de raio, há muita gente atuando. Mas, saindo disso para distâncias maiores, há menos pessoas e as demandas só crescem. Pensamos: precisamos vencer a barreira logística”, lembrou.
Dessa forma, mobilizando céus e mares (no caso, rios), o grupo cresceu de dois membros para mais de 20, contando com os voluntários e continua crescendo. Segundo o piloto Márcio Rempel, mais uma família chegará em janeiro.

Missão x Pesquisa
O Pastor deixa claro que sua missão é religiosa e espiritual, mas é científica também, visto que todo esse projeto se iniciou em torno de um TCC para a conclusão de um curso de teologia. “Nós criamos pontes. A gente identifica necessidades.A pesquisa não acabou. Estamos mapeando as comunidades e, dentro do universo evangélico, identificamos as demandas e conectamos a pessoas que têm as respostas a estes problemas”, simplificou.
A capacitação também é um dos pilares do projeto. Um dos destaques é o programa iFix, que reune homens da comunidade, não necessariamente cristãos, que possuam potencial para aprender o conserto e manutenção de motores de rabeta, popa, motosserra, ou motor de canoa e geradores, que eles utilizam em seu dia a dia. “Ensinamos os ribeirinhos a cuidar do seu principal material de trabalho no interior, que são os motores diversos e resolver pequenas panes. É uma necessidade básica para eles”, diz Joel Rodrigues. Quando falamos de comunidades, as distâncias são medidas pelo tempo de viagem de rabeta”, lembrou o missionário.
Durante o Trends JC, os pastores e missionários contaram muitas histórias sobre os impactos que eles têm experimentado ao viajar levando “bondades de Deus” aos ribeirinhos e comunidades. Entre causos do interior e resultados concretos de um projeto sério pela Amazônia, o grupo segue desbravando a região e construindo pontes.
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