O primeiro relatório social da Vara Especializada em Crimes de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, no Amazonas, foi divulgado nesta terça-feira, no plenário da Assembléia Legislativa, pela deputada Conceição Sampaio (PP) que apresentou uma moção de aplauso pelo brilhante trabalho desenvolvido pela juíza Carla Reis. A Vara completa um ano no dia 8 de março e já é referência no país.
Segundo a deputada, equipes do Poder Judiciário de vários Estados brasileiros estão vindo a Manaus conhecer o trabalho desenvolvido na Vara Especializada, que no período de maio a dezembro de 2007 abriu 79 processos envolvendo casos de agressão.
Ao fazer um resumo do perfil das vítimas quanto à idade, Conceição Sampaio informou que a maioria das mulheres que sofrem agressão está dentro da idade produtiva, ou seja, 72% têm entre 18 e 45 anos, agravando a situação da mulher agredida que algumas vezes precisa faltar ao trabalho, resultando em demissão. “As vítimas, em sua maioria, têm apenas o ensino fundamental incompleto, com 38% do total”, informou.
Quanto ao nível de emprego, muitas mulheres alegaram que começaram a ser agredidas após manifestarem interesse em conseguir emprego. O que demonstra, segundo a deputada, que muitos agressores não aceitam que a companheira trabalhe fora de casa. Apesar disso, entre as mulheres atendidas na Vara Especializada, em 2007, 35% estavam desempregadas. “As que estavam trabalhando, em sua maioria, ganham entre um e dois salários mínimos”, apontou Conceição, ressaltando que entre os agressores, 53% também ganham entre um e dois salários mínimos.
De acordo com o relatório, o maior número de casos de violência doméstica e familiar vem da zona Leste de Manaus, com 35% dos casos. Mas, a grande surpresa, conforme a deputada, foi a zona norte que vem em seguida com 32% dos casos. Os números apontam, ainda, que os agressores são dos mesmos locais da cidade.
Agressão à mulher, em Manaus, inicia quando ela procura emprego
Em: 26 de fevereiro de 2008
Conceição Sampaio diz que muitos agressores não aceitam que a mulher trabalhe fora de casa, mesmo assim, 35% das agredidas, conforme a pesquisa da Vara Especializada, estavam desempregadas.
Redação
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