18 de setembro de 2024

Alegria carnavalesca deve movimentar bares e restaurantes

A euforia dos foliões manauaras para o  Carnaval deste ano, é a aposta para que o  cenário econômico do segmento de bares e restaurantes tenha um ‘’boom’’ em movimento e faturamento. Em sondagem divulgada pela Abrasel (Associação de Bares e Restaurantes) o setor deve faturar até 30% a mais do que no mesmo período do ano passado. O percentual de incremento é o mesmo estimado pela entidade representativa do setor no Amazonas. 

O feriado, que neste ano será comemorado nos dias 17 a 22 de fevereiro, deve aquecer o setor de serviços já que a maioria dos foliões pretendem festejar a data nas ruas. “Nossa projeção de crescimento no faturamento dos bares também é em torno de 30%. Puxado, principalmente, pelos locais próximos aos blocos de rua e concentração de foliões e também por aqueles que terão eventos em seus espaços, atraindo um público bem maior do que o normal”, afirmou o presidente da Abrasel-AM, Rodrigo Zamperlini. 

O Carnaval é um dos feriados mais aguardados pelos brasileiros, essa euforia reflete em várias sondagens sobre a oportunidade perfeita que a data representa. 

Levantamento da CDL Manaus, por exemplo, indica que bares e restaurantes serão a escolha de 41% dos foliões -sobre os produtos que pretendem comprar, a cerveja lidera a opção de 48% dos respondentes -comidas e lanches 47% -sucos, água e energético são as escolhas de 46% -refrigerantes 41% -churrasco 40%.

Já pesquisa realizada pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), aponta que cerca de 85% da receita devem ser gerados por três segmentos: bares e restaurantes (com movimentação esperada de R$ 3,63 bilhões), transporte de passageiros (R$ 2,35 bilhões) e serviços de hotelaria e hospedagem (R$ 890 milhões). 

O momento deve ser um start para o aquecimento do setor, após representantes do mercado de alimentação fora do lar comemorarem os resultados positivos em 2022. 

“O início de 2022 foi marcado pela onda da variante ômicron, o que afetou a realização de diversos eventos, incluindo as festas de Carnaval. Algumas cidades só conseguiram realizar suas festividades fora de época, como o Rio de Janeiro, que realizou o desfile das escolas de samba no final de abril. Este ano, sem restrições, esperamos aumento tanto no movimento quanto no faturamento”, diz Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel.

O Carnaval é um dos feriados mais aguardados pelos brasileiros

Segundo a Abrasel, desde o esquenta da folia 2023 o segmento de alimentação fora do lar tem a perspectiva de aumento no faturamento em relação ao mesmo período do ano passado, principalmente, em cidades com festas tradicionais.

“A expectativa é de aumento de 30% no faturamento, influenciado, em parte, por fatores como a demanda reprimida por dois anos devido à pandemia e o Real desvalorizado em relação ao euro e ao dólar, estimulando o turismo doméstico.

“Mesmo as cidades do interior devem ter um bom crescimento este ano. E nas capitais, embora alguns restaurantes prefiram fechar quando passam os blocos, a festa também deve trazer acréscimo do movimento no geral, que por consequência traz aumento também no faturamento”, reforçou Solmucci.

Ainda conforme a sondagem da CNC,  o Carnaval de 2023 movimentará R$ 8,18 bilhões. O montante é 26,9% maior do que o do ano passado, mas 3,3% abaixo do registrado em 2020, o último antes da pandemia de Covid-19. De acordo com o presidente da CNC, José Roberto Tadros, o principal obstáculo para o restabelecimento das receitas ao nível pré-pandemia é o atual contexto econômico menos favorável.

Comparativo

O Carnaval de 2022 que sofreu restrições e cancelamentos impactou o setor de serviços em todo país. Os efeitos começaram com a redução de 33,7%  nas receitas em comparação a 2020, período antes da pandemia ser decretada. As projeções foram realizadas pela CNC.

Naquele período a expectativa era que, mesmo sujeito a restrições, o segmento de alimentação fora do domicílio, representado por bares e restaurantes, seria responsável por movimentar R$ 2,78 bilhões, seguido pelas empresas de transporte de passageiros rodoviário (R$ 1,55 bilhão) e pelos serviços de hospedagem em hotéis e pousadas (R$ 0,66 bilhões), cuja receita é parcialmente gerada de forma antecipada. Juntos, os três segmentos corresponderam por mais de 84% de todo o volume financeiro produzido na data.

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio

Veja também

Pesquisar