O senador Plínio Valério (PSDB/AM) avaliou como extremamente importante a liberação da primeira parcela do auxílio financeiro da União aos estados, Distrito Federal e municípios. A primeira parcela de R$ 15,036 bilhões foi creditada nesta terça-feira, 9, pelo Banco do Brasil, informou a Secretaria do Tesouro Nacional. O valor é destinado ao combate aos efeitos da pandemia do novo coronavírus. O governo do Amazonas receberá R$ 257,9 milhões e Manaus R$ 63,7 milhões.
Segundo o Tesouro Nacional, serão repassados R$ 9,25 bilhões para os estados, R$ 5,748 bilhões para os municípios e R$ 38,6 milhões para o Distrito Federal, totalizando R$ 15,036 bilhões.O dinheiro foi creditado nas contas do Fundo de Participação dos Estados e do Fundo de Participação dos Municípios. No total, foram aprovados pelo Congresso Nacional R$ 60 bilhões, divididos em quatro parcelas mensais. As próximas parcelas desse auxílio serão creditadas em 13 de julho, 12 de agosto e 11 de setembro de 2020.
“Votamos esse auxílio aos estados, Distrito Federal e municípios no início da pandemia. É extremamente importante. O Amazonas vai receber mais de R$ 1 bilhão”, disse o senador.
Segundo o senador, grande parte dos seus esforços políticos têm sido no sentido de fortalecer o atendimento à saúde no Estado do Amazonas. “ Muitos problemas que o Estado enfrenta é por conta de gestão. Não sei dizer se esse governo ( do Amazonas) seria competente para ter melhorado esses índices, mesmo que já tivesse recebido esse recurso. Mas uma coisa é certa: com dinheiro suficiente e competência as coisas funciona. Se você prefere construir um ginásio ao invés de construir um hospital, isso é um problema de gestão. Mas não sei seria o caso”, afirmou.
Emprego e taxar grandes fortunas no pós-pandemia
Quanto às suas propostas para reerguer a economia brasileira no pós-pandemia, o parlamentar informou que suas prioridades serão a defesa de um projeto de sua autoria de taxar as grandes fortunas, amenizar a carga tributária sobre alimentos e incentivo à construção civil como forma de geração de empregos.
“Os auxílios financeiros emergenciais são bons, mas são momentâneos. Temos que gerar emprego. Temos que injetar dinheiro na construção civil. Temos que aproveitar para botar leis que funcione para a próxima pandemia. Nesse mundo moderno infelizmente teremos outras” ponderou o senador.
Quanto à taxação de grandes fortunas para minimizar os impactos da covid-19 na economia, o parlamentar espera o retorno das sessões presenciais no Senado Federal para defender um projeto de sua autoria, que ele espera injetar R$ 36 bilhões por ano na economia nacional.
“O ex-ministro da Fazenda Maison da Nóbrega fez um artigo defendendo que os ricos têm que pagar mais impostos que os pobres. Vi o presidente do Bradesco dizendo o mesmo. Eu venho dizendo isso desde meados de 2019. Meu projeto está pronto para ser votado. Isso me irrita com as sessões remotas, porque não pautam o meu projeto que é para taxar as grandes fortunas. A Argentina vai fazer isso agora. O Congresso deles adotou a ideia e o presidente já assumiu. Eles vão chamar os ricos para colaborar. Vão criar um fundo para a saúde e um fundo para o trabalhador. Nesse nosso projeto que foi relatado pelo Major Olímpio, que colocou validade de dois anos, cria-se dois fundos um para saúde e outro de amparo ao trabalhador. Serão R$ 36 bilhões por ano pra cuidar disso”, garante.
No entanto, as apostas do senador e a geração de empregos. “ Nosso principal problema é emergir da pandemia . Botou a “cabeça” fora é trabalho. Temos que trabalhar a reforma tributária. Amenizar e muito a carga tributária sobre alimentos, sobre o consumo. Isso é mais importante do que aumentar salário. Se diminuirmos a carga tributária, que é horrorosa, em cima da alimentação, vamos estar ajudando, e muito. Pode não sobrar dinheiro, mais a pessoa não mais vai gastar 50% de sua renda com alimentação”, concluiu.